Governo francês ameaça mais força contra protestos

VIOLÊNCIA Ameaçando utilizar mais força, o governo francês acusou os manifestantes que há semanas protestam contra as políticas do presidente Macron, do uso de "extrema violência contra a República».

Autoridades de França vão reforçar dispositivo de segurança

As autoridades de França preparam-se para reprimir a manifestação dos coletes amarelos marcada para o próximo sábado, 12, reforçando grandemente o dispositivo de segurança.

Segundo anunciou o primeiro-ministro, Edouard Philippe, serão mobilizados em todo o país cerca de 80 mil polícias, dos quais cinco mil em Paris. O objectivo é impedir que se repitam os confrontos violentos ocorridos nos últimos protestos entre as forças de segurança e «alguns dos manifestantes», esclareceu.

Edouard Philippe anunciou que a lei vai ser revista para sancionar quem assista a manifestações não declaradas previamente às autoridades. Além disso, será incrementado o rigor das penas impostas aos que incorram em actos violentos ou distúrbios, incluindo atribuir-lhes a responsabilidade civil por danos materiais que provoquem no espaço público.

O anúncio das medidas repressivas surge após os incidentes violentos ocorridos no «acto VIII» dos coletes amarelos, no sábado, 5, que incluíram o incêndio de automóveis, motorizadas e contentores de lixo e o lançamento de petardos pelos manifestantes, assim como o emprego de gases lacrimogénios e o disparo de balas de borracha pela polícia.

Figuras do movimento insistem que os arruaceiros são pequenos grupos de pessoas que não representam a maioria, que adopta uma postura de protesto pacífico. Denunciam, no entanto, que o governo e os meios de comunicação exageram esses incidentes violentos para justificar a intervenção policial e desvirtuar o essencial da mobilização popular.




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