Londres planeia abrir novas bases militares no estrangeiro
PLANOS O ministro da Defesa britânico, o conservador Gavin Williamson, quer abrir uma base militar nas Caraíbas e outra na Ásia, após a saída do Reino Unido da União Europeia.
Ministro da Defesa do Reino Unido aponta às Caraíbas e à Ásia
O Reino Unido prepara a abertura de duas novas bases militares, uma na região das Caraíbas e outra no Sudeste asiático, após a sua saída da União Europeia, anunciou o ministro da Defesa britânico, o conservador Gavin Williamson.
Numa entrevista publicada pelo semanário The Sunday Telegraph, Williamson revelou que Londres planeia ampliar a sua presença militar no exterior para, segundo afirmou, «jogar no mundo o papel que o mundo espera que desempenhemos» e voltar a ser um «verdadeiro actor global». Acrescentou que a saída do Reino Unido da União Europeia contribuirá também para o fortalecimento das relações bilaterais com a Austrália, o Canadá, a Nova Zelândia e alguns países caribenhos e africanos.
O ministro, partidário de uma ruptura total com a União Europeia, manifestou a opinião de que os britânicos devem encarar com optimismo o futuro, após a saída da comunidade europeia. E, saudoso dos tempos áureos do imperialismo britânico, referiu-se à importância de fortalecer as forças armadas «no nosso grande momento como nação desde o fim da Segunda Guerra Mundial».
Segundo especialistas citados pela publicação londrina, a base militar caribenha poderia localizar-se na ilha de Montserrat, a Sudeste de Porto Rico, ou na Guiana, na costa nortenha da América do Sul, enquanto a base asiática seria construída em Singapura ou Brunei.
Actualmente, a Grã-Bretanha mantém 15 bases militares no estrangeiro, entre as quais as de Akroti, Dhekelia e Troodos, em Chipre; a de Gibraltar, no Sul de Espanha; as de Mount Pleasant e Mount Alice, nas Ilhas Malvinas, cuja soberania é reclamada pela Argentina; a de Al Udeid, no Qatar; a de Diego Garcia, no Oceano Índico; e a da Ilha Ascensão, no Oceano Atlântico.