EUA ameaçam fechar fronteira com o México
AMEAÇAS Donald Trump exige que o Congresso aprove uma verba de 5,7 mil milhões de dólares para construir um muro na fronteira com o México. Em caso contrário, o presidente dos EUA ameaça fechar a fronteira Sul.
Impasse entre Trump e democratas encerrou parte do governo
O presidente estado-unidense voltou a ameaçar encerrar completamente a fronteira Sul se o Congresso não aprovar a sua exigência de fundos para construir um muro na zona limítrofe com o México.
Os desacordos de Trump com os legisladores democratas, que se recusam a conceder os 5,7 mil milhões de dólares exigidos para a polémica obra, levaram ao fecho parcial do governo estado-unidense desde 21 de Dezembro, quando se esgotaram os recursos financeiros de diversos serviços federais.
Depois de breves debates, a 27, o Senado decidiu reunir-se de novo e retomar a discussão orçamental nos primeiros dias de Janeiro. Uma votação sobre o tema ocorrerá quando Trump e os líderes das minorias democratas do Senado e da Câmara dos Representantes, Chuck Schumer e Nancy Pelosi, chegarem a um acordo, explicou a publicação The Hill, especializada em assuntos do Capitólio.
Há dias, o presidente afirmou aos jornalistas que o fecho administrativo do governo prosseguirá até ao cumprimento da sua exigência de fundos para o muro fronteiriço. «Ver-nos-emos obrigados a fechar a fronteira Sul completamente se os democratas obstrucionistas não nos derem o dinheiro para terminar o muro e não mudarem também as ridículas leis migratórias às quais o nosso país está submetido», escreveu Trump na conta pessoal da rede social Twitter.
Além disso, afirmou que consideraria o fecho da fronteira como uma operação lucrativa, já que os EUA perdem muito dinheiro, cerca de 75 mil milhões de dólares por ano, com o México, no quadro do Tratado de Livre Comércio da América do Norte.
O acordo, que inclui também o Canadá, foi revisto por imposição de Trump e o processo desencadeou um novo convénio, assinado a 30 de Novembro durante a cimeira do G20, em Buenos Aires, mas que carece ainda de aprovação pelos parlamentos dos três países.