O exército sírio e a aviação russa bombardearam no domingo, 25, posições dos terroristas que lançaram nesse mesmo dia ataques com gases tóxicos contra bairros da cidade de Alepo, 350 quilómetros a Norte de Damasco.

As instalações dos extremistas localizavam-se em áreas da projectada zona desmilitarizada da província de Idlib, a menos de 80 quilómetros a Oeste de Alepo. As bases dos terroristas foram destruídas, assim como as de outros que se preparavam para continuar os ataques com produtos tóxicos contra Alepo.

A zona desmilitarizada, acordada em Setembro passado pela Rússia e Turquia, com a aceitação da Síria, tem sido constantemente violada pelas organizações terroristas espalhadas em dois terços da província de Idlib e que se recusam a negociar.

«O ataque contra a pacífica cidade de Alepo, realizado por terroristas a partir dos territórios que controlam, tem por objectivo sabotar o processo de normalização da vida na Síria e deve ser condenado incondicionalmente por toda a comunidade mundial, sobretudo tendo em conta a possível utilização de cloro no ataque», declarou a porta-voz do ministério russo dos Negócios estrangeiros, Maria Zakhárova, citada pela agência Tass.

Mais de 100 pessoas foram afectadas em vários bairros residenciais de Alepo no ataque terrorista com foguetes carregados de substâncias tóxicas. Todos os feridos foram assistidos em hospitais para receber cuidados médicos adequados.

Segundo os primeiros indícios, confirmados pelos sintomas de intoxicação das vítimas, os projécteis com que foram bombardeadas as zonas residenciais continham cloro.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Síria pediu ao Conselho de Segurança das Nações Unidas para condenar «estes crimes terroristas» e adoptar «medidas dissuasoras e punitivas contra os países e regimes que apoiam e financiam o terrorismo». E mais: «O ataque terrorista a Alepo é o resultado dos esforços de certos países que patrocinam grupos terroristas».

Desde há muito que Damasco e Moscovo denunciaram publicamente, em repetidas ocasiões, o facto de grupos terroristas possuírem cloro em diversas zonas sírias e prepararem acções criminosas e provocatórias, com o objectivo de impedir a paz na Síria, flagelada pela guerra desde 2011.