No sá­bado à tarde, dia 10, coin­ci­dindo com a data do 105.º ani­ver­sário do nas­ci­mento de Álvaro Cu­nhal, foi inau­gu­rada a obra de re­qua­li­fi­cação da ave­nida que, numa das prin­ci­pais en­tradas de Se­túbal, tem desde 21 de De­zembro de 2013 o nome do di­ri­gente co­mu­nista.

«Esta ave­nida é a sin­gela ho­me­nagem se­tu­ba­lense a Álvaro Cu­nhal, co­mu­nista, an­ti­fas­cista, de­mo­crata e Se­cre­tário-geral do PCP que, ao longo da sua vida, elegeu como com­bate pri­mor­dial a luta pela de­mo­cracia, pela jus­tiça, pela igual­dade, por uma so­ci­e­dade me­lhor, mais justa» e «é a nossa ho­me­nagem aos co­mu­nistas que deram e con­ti­nuam a dar con­tri­buto de­ci­sivo à de­mo­cracia por­tu­guesa que aju­daram, como poucos, a ins­taurar e que con­ti­nuam a con­tri­buir para manter», disse a pre­si­dente da Câ­mara Mu­ni­cipal de Se­túbal, na ce­ri­mónia re­a­li­zada no quartel dos Bom­beiros Sa­pa­dores por causa da in­tem­périe.

Maria das Dores Meira sa­li­entou que ho­me­na­gear Álvaro Cu­nhal e re­cordar quem foi e o que fez «é um dever da so­ci­e­dade por­tu­guesa que aqui cum­primos» e que «as­sume enorme ac­tu­a­li­dade».

Evo­cando os longos anos de luta de Álvaro Cu­nhal e de­mais ca­ma­radas, a pre­si­dente da Câ­mara, eleita do PCP na lista da CDU, ob­servou que «hoje, con­ti­nu­amos esse ca­minho», «nesta ave­nida, nas ruas do nosso con­celho, na cri­ação de me­lhores con­di­ções de acesso à cul­tura, ao des­porto, à edu­cação», «a cons­truir uma ci­dade e um con­celho me­lhores».

Com esta ope­ração de re­qua­li­fi­cação (que in­cluiu a re­a­li­zação de pro­fundas me­lho­rias na vi­zinha Rua Fernão Lopes, exe­cu­tadas pela Junta de Fre­guesia de São Se­bas­tião), a Ave­nida Álvaro Cu­nhal tem agora, no troço entre as ro­tundas do Monte Belo e dos Gol­fi­nhos (Praça 25 de Abril), uma ci­clovia, faixas pe­do­nais, ilu­mi­nação re­for­çada, novas áreas de rel­vado e novos es­pé­cimes ar­bó­reos. Na placa cen­tral estão cinco pai­néis ilu­mi­nados, com re­pro­du­ções de «De­se­nhos da Prisão», se­lec­ci­o­nadas entre os tra­ba­lhos que Álvaro Cu­nhal criou, entre 1951 e 1959, na Pe­ni­ten­ciária de Lisboa e no Forte de Pe­niche.

Na inau­gu­ração, com largas de­zenas de ca­ma­radas e amigos, es­teve pre­sente uma de­le­gação do Par­tido, cons­ti­tuída por José Ca­pucho, do Se­cre­ta­riado e da Co­missão Po­lí­tica do Co­mité Cen­tral, e Mar­ga­rida Bo­telho, da Co­missão Po­lí­tica do CC.