O que está em causa no fecho de estações dos CTT

Manuel Rodrigues

A empresa Correios de Portugal - CTT garantiu na passada terça-feira, dia 9, ter mais formas de atendimento em todo o país do que em 2014, apesar do fecho de estações.

Entretanto, certamente por incompreensão pelos «supremos desígnios» que o Presidente da CTT diz que a empresa prossegue ao encerrar estações de correios (algumas já em sedes de municípios), veio, no mesmo dia, a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) mostrar-se «preocupada» com a situação.

Por sua vez, a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), no mesmo dia 9, pronunciar-se-ia, contrariando as alegadas «boas intenções» da administração daquela empresa, manifestando-se contra o fecho de estações e admitindo mesmo exigir a revogação da concessão.

A propósito, recorde-se que o PCP, consciente da importância dos correios como serviço público universal, sempre se opôs, denunciou e combateu a privatização dos CTT e preveniu que tal negócio, do interesse dos grupos monopolistas apostados no controlo privado do sector, só poderia trazer as desastrosas consequências conhecidas.

A dar razão às razões do PCP aí está, em grande força, o protesto e a luta das populações que se vêem atingidas pelos «supremos desígnios» desta empresa apostada no lucro máximo e não em garantir o seu direito a um serviço público universal de correio.

Bem pode o presidente dos CTT afirmar que, assim, as populações ficam melhor servidas. As populações não acham isso e, pela sua luta, mais tarde ou mais cedo, conseguirão o controlo público desta empresa, de fundamental importância para o desenvolvimento do País.

E, claro, nessa luta, contarão sempre com a firme intervenção do PCP, que na política alternativa patriótica e de esquerda que defende, assume este como objectivo essencial.

Sendo certo que tanto mais depressa ele será atingido quanto mais força, desde já, for dada ao PCP.





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