«Mau para os pobres»
A batalha pelo aumento do Salário Mínimo Nacional (SMN) para 650 euros é muito importante para os trabalhadores, sofridos da política de direita de PS, PSD e CDS, de empobrecimento e declínio, de concentração de capitais e fortunas. É um objectivo maior da sua Central Sindical de classe, uma exigência para responder minimamente a profundas desigualdades sociais, melhorar a distribuição do rendimento nacional e contribuir para o crescimento da economia, como mostram os efeitos limitados da curta recuperação de direitos e rendimentos destes três anos, fruto da luta dos trabalhadores e do PCP.
Era expectável: o aumento de salários e do SMN é causa de uma batalha política e ideológica, expressão da luta de classes.
Um tal César das Neves, no Sol, dá instruções para todas as patranhas, divisionismos e provocações do grande capital e seus lacaios – os sindicatos, pensionistas, professores, aparelho de Estado e extrema esquerda ganham com o aumento do SMN, mas é «mau para os pobres», que assim pagam mais impostos(!) e até os 600 euros vão fechar empresas e aumentar o desemprego – uma catarse falaciosa e reaccionária contra o 25 de Abril, etc.. Pior é difícil. O grande capital, CIP, CAP, CCP, dá 600 euros, nem mais um chavo, que a produtividade afinal não subiu e um aumento maior pode prejudicar os pobres.
Assim pensam PSD e CDS. E o PS e o seu governo estão «abertos a propostas», se aceites na Concertação pelo grande capital, mas têm compromissos – 600 euros, claro!
A UGT acha que 615 seria possível e o BE admite ir além dos 600, mas ambos escondem a proposta da CGTP-IN de 650 euros, para não fazer inimigos, entre os pobres, claro!
O PCP agendou potestativamente para dia 12 uma Resolução para o aumento do SMN, 650 euros em Janeiro, para valorizar o trabalho e os trabalhadores, para a política de esquerda e patriótica, de que o País precisa e que o PCP propõe.