Greve dos guardas-florestais

Nos dias 20 a 22 (sexta-feira a domingo) estiveram em greve os guardas-florestais, integrados no SEPNA/GNR, para darem força às exigências de atribuição dos suplementos remuneratórios de função e de escala, descongelamento das progressões e promoções e alterações ao estatuto que regula esta carreira profissional.

A luta, organizada pela Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais, teve níveis de adesão entre 50 e 70 por cento, ocorrendo já num período em que muitos profissionais estão de férias e depois de realizadas três reuniões com o secretário de Estado da Protecção Civil.

Nestas reuniões, «o Governo não evoluiu minimamente na sua posição, recusando sempre apresentar qualquer solução para pôr cobro à injustiça de os elementos desta carreira, com funções de natureza policial, não terem direito a suplementos remuneratórios que compensem o ónus dos deveres específicos que lhes estão atribuídos, do contexto em que exercem as funções e da variabilidade de horários e dias de descanso a que estão sujeitos, contrariamente ao que acontece com os elementos de outras forças policiais», explicou a federação da CGTP-IN, em nota de imprensa sobre a greve.

Na próxima semana, numa reunião com representantes sindicais dos guardas-florestais, será analisada a situação e as próximas medidas, adiantou um dirigente da federação, em declarações à agência Lusa na segunda-feira, dia 23. Orlando Gonçalves alertou para o atraso na entrada em funções de 200 novos profissionais, devido à não aprovação das alterações ao estatuto, salientando que está em causa o patrulhamento e a fiscalização.




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