Mais militantes para um Partido mais forte

ORGANIZAÇÃO Sendo objectivo permanente das organizações, quadros e militantes do PCP, o recrutamento assume em 2018 uma grande centralidade, estando em curso uma «forte acção» nesse sentido. 

O recrutamento é fundamental para criar e reforçar organizações

A resolução «Sobre o reforço do Partido. Por um PCP mais forte e mais influente», aprovada pelo Comité Central em Janeiro deste ano, aponta orientações, prioridades e medidas a levar por diante de forma global e integrada concorrendo para o objectivo central de reforçar a organização, intervenção e influência do Partido. O recrutamento é uma das 10 prioridades definidas nessa resolução, que o liga à integração dos novos militantes na estrutura e intervenção partidárias.

Naquela que é a terceira prioridade elencada, afirma-se: «Particular importância assume a concretização de uma forte acção de recrutamento, com o apelo à adesão ao Partido e um trabalho de contacto dirigido aos muitos milhares que têm condições para serem membros do Partido, sendo essencial a sua adesão e que sejam integrados e responsabilizados. Uma adesão e integração que é necessária para fortalecer, renovar e rejuvenescer organizações, mas também para criar organizações do Partido onde não existem, designadamente novas células de empresa e local de trabalho.»

Foi precisamente para suportar esta acção de recrutamento que o Partido editou um folheto – intitulado «O PCP é o Partido dos trabalhadores! O teu Partido! Adere ao PCP!» – no qual se apresenta razões que justificam a adesão dos trabalhadores ao Partido: o percurso heroico e sem paralelo na luta contra o fascismo e pela liberdade, o papel decisivo desempenhado na Revolução de Abril e nos direitos conquistados, a resistência à política de direita, a alternativa patriótica e de esquerda que propõe e os seus objectivos supremos, são as principais. 

Construir a alternativa

«A alternativa passa por ti.» É desta forma, directa, que o PCP interpela os trabalhadores, desafiando-os a juntarem-se às suas fileiras e, dessa forma, construírem a necessária política patriótica e de esquerda. Que, acrescenta, necessita «da luta dos trabalhadores e do povo» e de um «PCP mais forte e influente».

O interesse que todos e cada um dos trabalhadores têm na concretização desta política alternativa fica patente no seu eixo central de valorizar o trabalho e os trabalhadores. São compromissos do Partido, neste campo, «mais salário, horários dignos, tempo para viver, emprego com direitos, fim das discriminações, revogação das normas gravosas da legislação laboral».

Mas o PCP faz mais do que propor soluções. Certo de que a «organização, unidade e luta dos trabalhadores é o caminho da vitória», promove a informação e o esclarecimento dos trabalhadores, bem como a sua organização, unidade e luta, e também a sindicalização nos sindicatos do Movimento Sindical Unitário e a cooperação entre este e as comissões de trabalhadores. 

Questões frequentes

No folheto que sustenta a acção de recrutamento, o Partido responde a diversas questões que muitas vezes lhe são colocadas na sua acção quotidiana. «Eu não quero saber de política» é uma delas, lembrando-se na resposta que «o salário que recebemos, as contas que pagamos, a organização da sociedade, tudo depende de opções políticas». Assim, «enquanto uns não querem saber de política, outros tomam decisões por eles», pelo que a participação de todos na acção política é importante.

Outra ideia muitas vezes referida é a que de «não há nada a fazer», pois quem manda tem «muita força». A isto responde o PCP que «sem a luta de gerações de trabalhadores, as crianças ainda estariam nas fábricas a trabalhar, não poderíamos falar livremente, ter direito a salário, serviços de saúde, educação». Se é certo que quando se luta nem sempre se ganha, não é menos verdade que «quando não se luta perde-se sempre».

«Os partidos são todos iguais» é outra mistificação frequente, que importa contrariar. A este respeito, é útil ter presente que os partidos representam os interesses das diferentes classes sociais: o PCP é o partido dos trabalhadores, que se opõe aos que representam o capital. Quanto às eventuais «vantagens» de se ser membro do PCP, responde-se no folheto que não havendo «benesses e vantagens pessoais», há evidentes ganhos em «dar mais força e eficácia à defesa dos interesses dos trabalhadores e do povo». 




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