Investimento público é vital para o Alentejo

DE­SEN­VOL­VI­MENTO O Alen­tejo, para se de­sen­volver, ne­ces­sita de pla­ne­a­mento, in­ves­ti­mento pú­blico e par­ti­ci­pação, con­cluiu o PCP num de­bate re­a­li­zado em Por­ta­legre que en­volveu en­ti­dades de toda a re­gião.

O Es­tado tem que as­sumir o de­sen­vol­vi­mento do Alen­tejo

Pro­mo­vida re­cen­te­mente pela Di­recção Re­gi­onal do Alen­tejo no au­di­tório do Ins­ti­tuto de Se­gu­rança So­cial de Por­ta­legre a ini­ci­a­tiva reuniu cerca de 70 pes­soas, muitas das quais em re­pre­sen­tação de di­versas en­ti­dades. Foram os casos, entre ou­tros, dos pre­si­dentes das câ­maras mu­ni­ci­pais de Por­ta­legre, Grân­dola e Mon­forte, da En­ti­dade Re­gi­onal do Tu­rismo e do Nú­cleo Em­pre­sa­rial da Re­gião de Por­ta­legre, ve­re­a­dores de di­versas au­tar­quias, eleitos em juntas de fre­guesia, téc­nicos e es­pe­ci­a­listas de di­versas áreas, sin­di­ca­listas e di­ri­gentes na­ci­o­nais, re­gi­o­nais e lo­cais do PCP. Entre estes, Vasco Car­doso e Pa­trícia Ma­chado, mem­bros da Co­missão Po­lí­tica .

Pa­trícia Ma­chado lem­brou estar ainda por cum­prir o de­sígnio cons­ti­tu­ci­onal que obriga o Es­tado a «pro­mover a co­esão eco­nó­mica e so­cial de todo o ter­ri­tório na­ci­onal, ori­en­tando o de­sen­vol­vi­mento no sen­tido de um cres­ci­mento equi­li­brado de todos os sec­tores e re­giões». Re­jei­tando que os pro­blemas do in­te­rior re­sidem no pró­prio in­te­rior, a di­ri­gente co­mu­nista acusou a po­lí­tica de di­reita de su­ces­sivos go­vernos e a sub­missão à UE e ao euro pelo sub­de­sen­vol­vi­mento ve­ri­fi­cado, pa­tente no em­po­bre­ci­mento das po­pu­la­ções, de­ser­ti­fi­cação so­cial, eco­nó­mica e hu­mana, eli­mi­nação de postos de tra­balho e des­truição de ser­viços pú­blicos.

Para o PCP, su­bli­nhou, as res­postas ne­ces­sá­rias as­sentam em po­lí­ticas vol­tadas para a ac­ti­vi­dade pro­du­tiva, na qual é de­ter­mi­nante o in­ves­ti­mento pú­blico e a re­jeição das po­lí­ticas agrí­colas da União Eu­ro­peia. Da mesma forma que não se pode falar em de­sen­vol­vi­mento do in­te­rior sem as­se­gurar ser­viços pú­blicos.

Vasco Car­doso, que en­cerrou a sessão, re­alçou que o Es­tado «pode e deve in­tervir na gestão di­recta de ac­ti­vi­dades pro­du­tivas», ao con­trário do que muitas vezes se diz. Pode e deve fazê-lo no apro­vei­ta­mento de re­cursos na­ci­o­nais e na pro­moção da pro­dução na­ci­onal. No caso do Alen­tejo, essa in­ter­venção «pode e deve ser uma ân­cora ao pró­prio in­ves­ti­mento e ini­ci­a­tiva pri­vados». Para este di­ri­gente do PCP, «não há eco­nomia mo­derna sem pla­ne­a­mento», sendo que ou este é feito, «de modo in­te­grado, pelo Es­tado ao ser­viço das ne­ces­si­dades da po­pu­lação e do País, ou é feito, de modo par­ce­lado, pelo grande ca­pital ao ser­viço da ma­xi­mi­zação dos seus lu­cros».

Esta in­ter­venção es­tatal deve re­flectir-se ainda na mo­der­ni­zação e in­ves­ti­mento em infra-es­tru­turas de trans­portes e lo­gís­tica, ga­rantiu Vasco Car­doso, para quem o in­ves­ti­mento pú­blico não pode estar de­pen­dente da maior ou menor dis­po­ni­bi­li­dade dos fundos co­mu­ni­tá­rios.

 



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