Protesto denuncia precariedade na Universidade de Coimbra
O núcleo de Coimbra da Associação de Bolseiros de Investigação Científica (ABIC) realizou, no dia 17 de Abril, junto à Porta Férrea da Universidade de Coimbra (UC), uma iniciativa de protesto e divulgação da actual situação dos bolseiros e precários na UC.
Em nota de imprensa, a ABIC refere que «uma parte importante» dos trabalhadores da UC têm «vínculos precários, sem acesso a uma segurança social digna, sem acesso às carreiras, sem a possibilidade de participação nos órgãos de gestão das instituições e sem direito a qualquer tipo de estabilidade».
Na UC há mais de 500 bolseiros contratados directamente a somar a cerca de muitos outros financiados pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), entre bolsas de doutoramento e bolsas de pós-doc.
«Estas pessoas desenvolvem investigação de ponta nas mais diferentes áreas, dão aulas a milhares de alunos, orientam centenas de teses de mestrado e doutoramento, garantem serviços completos na Reitoria da UC e até angariam fundos para o funcionamento da Universidade. São, portanto, trabalhadores com deveres mas sem direitos, com um papel fundamental mas com vínculos descartáveis», denuncia a ABIC.