O Parlamento aprovou, por unanimidade, dia 9, um voto de congratulação do PCP pelo Dia Internacional da Mulher. Igual aprovação obteve um texto para assinalar a data da iniciativa da subcomissão para a Igualdade e Não Discriminação.

A importância de assinalar esta efeméride, passado tanto tempo sobre a data em que Clara Zetkin a propôs – 1911, na II Conferência de Mulheres, em Copenhaga –, foi posta em relevo pela deputada Rita Rato ao sublinhar a «imensa actualidade» que continua a ter a luta das mulheres trabalhadoras pelo «direito à igualdade, nos direitos e na família, na sociedade e no mundo do trabalho».

«Passados mais de cem anos, e porque as discriminações continuam a fazer parte do dia-a-dia das mulheres, é urgente garantir medidas de combate efectivo à discriminação e de defesa da igualdade entre homens e mulheres», lê-se no voto apresentado pela bancada comunista.

Discriminações que atingem as mulheres e que se fazem sentir nos mais variados planos, da precariedade ao desemprego ou aos baixos salários, da violação dos direitos de maternidade às diferenças salariais, às dificuldades em articular a vida profissional e familiar, como salientou Rita Rato, dizendo por isso que evocar o 8 de Março é «celebrar a luta de todos os dias».