Março de luta na indústria <br>começa com desfile nacional

REIVINDICAÇÃO Pelo aumento dos salários, por horários de trabalho humanizados, por melhores condições laborais, pelo combate eficaz à precariedade, a Fiequimetal/CGTP-IN promove acções ao longo do mês.

Com unidade e luta, os trabalhadores podem alterar a situação

Hoje, 1 de Março, em Lisboa, a Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Eléctricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas realiza um desfile nacional, com início às 13h30, junto à sede da Associação de Grossistas de Produtos Químicos e Farmacêuticos (Groquifar). A manifestação segue para a sede da Associação Nacional das Empresas do Sector Eléctrico e Electrónico (ANIMEE) e deverá terminar, cerca das 16h00, junto do Ministério do Trabalho.
Também hoje, a Fiequimetal realiza uma concentração junto da sede da EDP, às 17h00, quando ocorrerá a apresentação dos resultados de 2017. A federação e os sindicatos vão evidenciar «a falta de argumentos para a empresa se recusar a evoluir na negociação dos aumentos salariais para 2018».
A jornada de hoje, como explicou a Fiequimetal num comunicado de sexta-feira, 23 de Fevereiro, abre um «mês de esclarecimento, acção e luta». Aqui se incluem um «roteiro contra a precariedade» e, entre os dias 5 e 9, uma «semana da igualdade» (integrando a iniciativa nacional da CGTP-IN com o mesmo nome).
Vai também ser feito «um amplo trabalho sindical de mobilização dos jovens dos diferentes sectores e de um conjunto prioritário de empresas para a manifestação nacional da juventude trabalhadora, a 28 de Março». A federação vai emitir um pré-aviso de greve para permitir uma maior participação.
Os resultados líquidos «bastante elevados» das principais empresas da indústria, no âmbito dos sindicatos da Fiequimetal, demonstram «um grande desequilíbrio na distribuição social da riqueza criada pelo trabalho», pois «só uma parte muito pequena reverte para os trabalhadores, através dos salários, por cuja actualização é sempre necessário lutar». Já «uma grande fatia vai para a elite dos administradores» e «uma parcela muito maior é distribuída aos accionistas».
As associações patronais «mantêm bloqueada a negociação colectiva» e «usam a caducidade dos contratos como chantagem».

Greve na Somincor

O Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineira informou que uma nova série de greves vai ter lugar a 5, 7 e 9 de Março, nas minas de Neves-Corvo, concessionadas à Somincor, do Grupo Lundin Mining. A decisão, tomada em plenários, foi anunciada pelo sindicato da Fiequimetal/CGTP-IN a 16 de Fevereiro, após o fracasso de uma reunião de conciliação, no Ministério do Trabalho. O fim do regime de laboração contínua e a humanização dos horários de trabalho destacam-se nas reivindicações, tal como nas três greves ocorridas entre Outubro e Dezembro.

 



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