Aumentos salariais na EVA

«Perante a greve anunciada para 23 e 26 de Fevereiro, a administração da EVA Transportes, do Grupo Barraqueiro, demonstrou que tem medo da força organizada dos trabalhadores e acabou por fazer aquilo a que fugiu na mesa de negociação», comentaram as estruturas da CGTP-IN na empresa, com sede em Faro, a propósito da decisão de actualizar os salários em dois por cento, com efeitos a Janeiro.

Num comunicado de dia 20, a Fectrans e o SITE Sul sublinharam que, «com a marcação desta luta, os trabalhadores tiveram o maior aumento salarial dos últimos dez anos».

Anunciada dia 19 a decisão da transportadora, «a estrutura sindical na empresa concluiu que um dos objectivos da luta foi conseguido» e «decidiu suspender a greve», «sem que isso signifique a suspensão da luta pelas demais reivindicações». Destas, é destacada a defesa do Acordo de Empresa, que a administração quer dar por extinto, e que será tema de uma reunião tripartida no Ministério do Trabalho (DGERT) no próximo dia 6.

«A caducidade do AE significaria que aquilo que a administração cedeu, perante a luta, seria depois rapidamente recuperado, com saldo negativo para os trabalhadores», alertam os sindicatos, interrogando se «teremos de voltar à greve para defender o que aos trabalhadores pertence».

 

Guadiana com acordo

Os sindicatos da Fectrans no sector fluvial (Sindicato dos Trabalhadores Fluviais e Simamevip) subscreveram um acordo de revisão salarial na Empresa de Transportes do Rio Guadiana, em Vila Real de Santo António, que aumenta os salários-base dos trabalhadores em oito por cento, prevendo ainda acréscimos remuneratórios por desempenho profissional, o que, nalguns casos, representa aumentos salariais entre 15 e 23 por cento.
Ao anunciado o acordo, a 14 de Fevereiro, a federação realçou ainda que foi também antecipada a vigência, produzindo efeitos desde Janeiro.

 



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