PCP exige respeito pela Venezuela

AMEAÇA O PCP denuncia a campanha de ingerência contra a Venezuela e o seu povo e reclama o seu fim. O presidente do país, Nicolás Maduro, apelou à interrupção da agenda de agressão.

O secretário de Estado dos EUA apelou ao derrube de Nicolás Maduro

LUSA

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Com as eleições presidenciais venezuelanas marcadas para 22 de Abril, intensificam-se as acções externas que, «frontalmente contrárias à Carta da ONU e ao direito internacional, agridem os direitos do povo venezuelano e atentam contra a independência e soberania da República Bolivariana da Venezuela, acarretando uma séria ameaça à paz neste país e na região».

Quem o sublinha é o PCP, que em nota de imprensa divulgada na sexta-feira, 16, «reitera a sua mais firme condenação dos inaceitáveis actos e manobras visando a desestabilização da economia e sociedade venezuelanas, e chama a atenção para a intensificação do bloqueio económico e financeiro dos EUA e das sanções da UE contra a Venezuela, assim como para a particular gravidade de que se revestem as renovadas ameaças de intervenção militar externa e apelos a um golpe militar na Venezuela protagonizados pelo secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson».

«Do mesmo modo, o PCP rejeita as tentativas dos EUA, da UE e de países do auto-designado Grupo de Lima, de colocar em causa a legitimidade das eleições presidenciais venezuelanas», acrescenta-se. De acordo com a mais recente sondagem elaborada pela Hinterlaces, 66 por cento dos venezuelanos afirma que vai participar no sufrágio e, entre estes, 55 por cento indicam que vão votar em Nicolás Maduro, chefe de Estado que, anteontem, o Peru decidiu impedir de participar na cimeira da Organização de Estados Americanos alegando uma suposta «deriva ditatorial na Venezuela».

É neste contexto que o Partido «sublinha que só uma atitude de respeito pelo direito do povo venezuelano a decidir, sem ingerências externas, o seu futuro, contribuirá para assegurar a normalização da situação e a salvaguarda dos interesses da comunidade portuguesa naquele país».

Esta segunda-feira, 19, o presidente Nicolás Maduro apelou ao homólogo norte-americano para que interrompa a agenda de agressão contra o país e aposte no diálogo. No Verão do ano passado, Donald Trump considerou a possibilidade da «opção militar» contra a Venezuela. Acto contínuo, assinou um decreto que impõe maiores restrições às operações com fundos soberanos e da empresa estatal de petróleos bolivariana.

Já este mês de Fevereiro, o secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, lançou apelos claros ao derrube violento de Nicolás Maduro e, em visita a cinco países da América Latina e do Caribe, terá promovido a preparação e concretização de uma tal opção, acusa o governo de Caracas.




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