Ministro holandês sucumbe à sua mentira

O ministro dos Negócios Estrangeiros holandês, Halbe Zijlstra, demitiu-se, dia 13, após ter reconhecido que mentiu a propósito de um encontro com o presidente russo, Vladimir Putin, em que este teria manifestado o desejo de restabelecer a «Grande Rússia».

Não tenho hoje outra opção a não ser de submeter a minha demissão a sua majestade, o Rei», declarou o governante no parlamento, pondo assim um ponto final na controvérsia que motivou a apresentação de uma moção de censura contra o governo do primeiro-ministro Mark Rutte.

A mentira de Zijlstra consistiu em ter afirmado em várias ocasiões que ouviu pessoalmente Vladimir Putin, num encontro realizado em 2006 na sua casa de campo, afirmar que considerava a Bielorrússia, a Ucrânia e os países do Báltico e o Cazaquistão como parte da «Grande Rússia».

Na realidade Zijlstra, que na altura era apenas um funcionário da petrolífera Shell, nunca esteve na residência de campo o presidente russo.

Confrontado com esse «detalhe» pelo jornal De Volkskrant, o ministro foi obrigado a admiti-lo, alegando que tinha contado a história daquela forma para proteger a sua fonte.

Essa fonte seria Jeroen van der Veer, à época director executivo da Shell, que nessa qualidade foi convidado de Putin.

Vendo-se envolvido no escândalo, Van der Veer apressou-se a divulgar um esclarecimento em que afirma que o ministro interpretou mal as suas palavras.

Com efeito, explica Van der Veer, Vladimir Putin nunca expressou o desejo de reconstituir a «Grande Rússia», nem aludiu a qualquer projecto militar anexionista: «Putin falava numa perspectiva histórica; não em termos militares».




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