Jornadas pela ferrovia
«O Governo do PS desencadeou uma nova ofensiva contra a EMEF, no sentido da sua privatização parcial, ao mesmo tempo que adia um conjunto de medidas para resolver os problemas da empresa», acusam a Comissão de Trabalhadores da Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário e o Sindicato dos Ferroviários (SNTSF, da Fectrans/CGTP-IN), num apelo conjunto à participação na greve de dia 20 e na manifestação que, às 10h30 dessa terça-feira, vai ter início em Lisboa, junto à Estação de Entrecampos.
Esta jornada foi decidida num plenário que teve lugar no dia 1, no Entroncamento. Além de contestarem a via da constituição de ACE (agrupamentos complementares de empresas) para abrir áreas de actividade a privados, os ferroviários e as suas estruturas representativas insistem que a EMEF deve voltar a integrar a estrutura da CP, sua única accionista. A luta tem igualmente por motivo exigir a valorização dos salários e das profissões e um combate efectivo à precariedade dos vínculos laborais.
No dia 19, segunda-feira, são chamados a fazer greve os trabalhadores da CP Comboios de Portugal. O SNTSF e mais três sindicatos (SFRCI, Sinfa e Assifeco) não aceitaram a proposta patronal de revisão do Regulamento de Carreiras, continuando a exigir uma efectiva valorização dos trabalhadores com baixos salários, reduzindo as desigualdades salariais que persistem na empresa.
Mais do que os sucessivos anúncios, são exigidos resultados para parar a degradação e destruição de material circulante, que todos os dias provoca supressão de serviços.