Entre 19 e 23 de Março estão previstas diferentes acções para assinalar o Dia Nacional de Estudantes (24 de Março), de «comemoração», «luta» e «homenagem a todos os estudantes» que na década de 60 «lutaram contra a opressão do regime fascista, clamando pela liberdade e pelo direito de reunião e associação».

Os estudantes «não baixam os braços em defesa da escola pública», destaca o apelo, onde se afirma: «As AE são dos estudantes para que estes possam ser representados e defendidos os seus direitos e interesses».

No texto, denuncia-se que o trabalho das AE é, muitas vezes, «limitado e comprometido» devido «a burocracia e entreves legais, a imposições, pressões e proibições por parte das direcções das escolas, à falta de meios e apoios para desenvolver actividade», entre outros problemas.

O apelo pretende que as AE e os estudantes de Portugal expressem o seu descontentamento com as «limitações e injustiças», mas também como «os problemas materiais e humanos» existentes nas escolas.

Entre outros exemplos que «dão força para que a luta dos estudantes seja ainda mais intensa», estão a falta de funcionários e professores; a falta de investimento na Acção Social Escolar; os preços hiperbólicos dos manuais escolares; a superlotação das turmas; a falta de dinheiro das escolas para garantirem aquecimento ou papel higiénico; o regime de faltas injusto para os estudantes do Ensino Profissional; os custos dos estágios, que, em muitos casos, são assegurados pelos próprios estudantes; e o atraso no pagamento de subsídios.