A este propósito, o dirigente do PCP realçou que a capacidade de reinvenção dos portugueses fica desde logo evidente no caminho de reposição de direitos e rendimentos que tem sido seguido nos últimos anos.

Ligando esta capacidade à confiança que o Partido deposita nos trabalhadores e no povo e na sua «capacidade de lutar e transformar», João Dias Coelho destacou muito do que foi possível alcançar e o muito que há ainda por conquistar, sublinhando a necessidade de dar resposta aos problemas do «emprego, do aumento dos salários, da produção nacional». O membro da Comissão Política acrescentou os avanços verificados nas políticas sociais, particularmente na saúde, educação, segurança social e justiça. Hoje, salientou, há «mais médicos, mais enfermeiros e mais pessoal auxiliar nos hospitais» e nas escolas mais professores.

Quanto a outras das matérias presentes na mensagem de Marcelo Rebelo de Sousa, nomeadamente os violentos incêndios de Junho e Outubro, João Dias Coelho manifestou uma vez mais a solidariedade dos comunistas às populações afectadas e recordou que as causas destas tragédias residem em décadas de políticas de abandono do interior e da floresta. Assim, e para além das «respostas imediatas para todos aqueles que foram atingidos pelas tragédias», o PCP defende e há muito propõe «medidas de fundo, políticas de fundo que alterem aquilo que ocorreu durante essas décadas».