Se pudessem apagá-lo!...

Manuel Rodrigues

Após do desfecho do Orçamento do Estado para 2018 na Assembleia da República cujos avanços só foram possíveis pela luta dos trabalhadores e do povo e pela determinante intervenção do PCP, acentua-se agora, por parte dos principais órgãos da comunicação social e de quem os comanda e controla, uma linha geral de desvalorização desse papel na reposição de direitos e rendimentos procurando, ao mesmo tempo, insinuar nas massas a ideia de que esta fase da vida política está esgotada e, portanto, não vale a pena continuar a intervir e a lutar.

Do mesmo modo, procura-se diminuir, caricaturar, silenciar ou apagar o modo exemplarmente determinado, combativo e confiante como o PCP desenvolveu um ímpar programa de comemorações do centenário da Revolução de Outubro (centenas de sessões político-culturais, seminário, sessões de cinema, debates, exposições, produção de vídeos e edição de obras significativas, entre outras) que, sob o lema «centenário da Revolução de Outubro – socialismo, exigência da actualidade e do futuro», se estendeu, de forma descentralizada pelo País ao longo de todo o ano de 2017 e em que participaram dezenas de milhares de comunistas e de outros democratas e patriotas muitos dos quais jovens.

Do mesmo modo ainda se silencia, caricatura ou desvaloriza a política patriótica e de esquerda que o PCP defende e propõe aos portugueses, o seu significado, objectivos e conteúdos cuja concretização, com a luta dos trabalhadores e do povo, mais tarde ou mais cedo se tornará incontornável. Fazem-no porque sabem que esta é uma alternativa necessária e possível com soluções definidas, objectivas e profundas para os graves problemas do País e para a afirmação de um rumo de desenvolvimento soberano.

Não será isto indicativo do quanto temem o reforço do PCP, Partido que não prescinde do ideal e do projecto comunista?…

 



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