Com poucas presidências de Câmara ainda por determinar, os dados oficiais indicam que o PSUV se impôs em mais de 300 autarquias num total de 335. Em 2013, os bolivarianos tinham ganho em 240 municípios.

Acrescem as vitórias alcançadas em 23 das 24 cidades sede de governos regionais e no maior município de Caracas, Libertador (cuja edil é pela primeira vez uma mulher), bem como a conquista do Estado de Zúlia, cujo governador provincial, eleito pela oposição no passado dia 15 de Outubro, acabou por ser destituído por não reconhecer a Assembleia Constituinte em funções, obrigando, dessa forma, à realização de uma nova consulta popular.

Reagindo aos resultados em que participaram mais de nove milhões de eleitores, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, sublinhou, perante uma multidão que se reuniu no centro de Caracas para festejar, que «triunfou a esperança popular» e a «revolução da esperança».

Apesar do boicote decretado por três partidos que estruturam a aliança opositora Mesa de Unidade Democrática (Ação Democrática, Vontade Popular e Primeiro Justiça), estas autárquicas foram as mais participadas de sempre, informaram as autoridades eleitorais.

Significativo foi, ainda, o facto de Manuel Rosales (fundador do partido Um Novo Tempo, figura de proa do golpe de Estado de 2002, candidato derrotado por Hugo Chávez nas presidenciais de 2006, e, posteriormente, fugido à justiça por desvio de fundos durante a governação do Estado de Zulia) ter perdido a presidência do município de Maracaibo.