Centenário da Revolução de Outubro no Parlamento Europeu
Por iniciativa dos deputados do PCP no Parlamento Europeu, foi inaugurada no dia 8 de Novembro, no Parlamento Europeu, em Bruxelas, uma exposição sobre o «Centenário da Revolução de Outubro», com o objectivo de assinalar a primeira revolução vitoriosa na história da humanidade que apontou a construção de uma nova sociedade, livre da exploração e da opressão.
Apresentando a exposição no início da reunião do Grupo Confederal da Esquerda Unitária Europeia/Esquerda Nórdica Verde (GUE/NGL), João Ferreira, deputado do PCP, salientou o impacto da Revolução de Outubro na conquista de direitos democráticos, políticos, sociais, económicos e culturais, na vitória sobre o nazi-fascismo e na defesa da paz mundial, na conquista da libertação nacional e na derrocada dos impérios coloniais – no imenso avanço da emancipação social e nacional dos trabalhadores e dos povos alcançado no século XX.
João Ferreira afirmou ainda que nenhuma campanha de desinformação, manipulação, intoxicação ou censura conseguirá apagar o profundo significado da Revolução de Outubro e que o futuro da humanidade não reside na exploração, na opressão, na guerra, na pobreza e na injustiça, mas sim na realização do sonho milenar do homem, da sua libertação, da paz, da justiça e do progresso social, que só o socialismo e o comunismo podem assegurar.
Recorde-se que a exposição, para a qual foi requerido um espaço no Parlamento Europeu, foi recusada pelo Colégio de Questores do PE, com a alegação de que «pode ser considerada ofensiva e inflamatória pela larga maioria dos deputados, dos funcionários do Parlamento e dos visitantes, e consequentemente provocar distúrbios na área destinada à exposição».
Os deputados do PCP no PE contestaram a decisão, considerando que uma instituição que se diz democrática e pluralista «deve permitir que diferentes pontos de vista políticos e ideológicos se expressem livremente, sem discriminação ou censura».
Como presidente do Grupo Confederal GUE/NGL, Gabriele Zimmer, dirigiu igualmente uma carta à Questora responsável e ao Presidente do Parlamento Europeu, repudiando a arbitrariedade da decisão.