O governo iraniano declarou o estado de emergência nas províncias ocidentais da zona fronteiriça entre o Irão e o Iraque, flagelada no domingo por um forte terramoto.

O sismo, de magnitude 7,3 na escala de Richter, provocou mais de 430 mortos e cerca de 7000 feridos, segundo informou em Teerão a Organização Nacional de Gestão de Desastres. A maioria das vítimas mortais foi registada na província iraniana de Kermanshah.

As primeiras estimativas indicam que, no Irão, cerca de 70 mil pessoas ficaram com as suas habitações destruídas. Várias aldeias sofreram cortes no fornecimento de energia eléctrica.

As autoridades receiam que o número de mortos e feridos aumente à medida que avancem os trabalhos de busca e resgate das equipas de socorro.

Trata-se de um dos sismos de maior intensidade assinalados este ano no Médio Oriente, de tal forma que foi sentido em toda a região, do Líbano ao Koweit.

O tremor de terra ocorreu no domingo, 12, às 22:18, hora local, com epicentro a uma profundidade de 33 quilómetros, em Ezguele, pequena cidade junto das cordilheiras sinuosas que desenham a fronteira iraniano-iraquiana, informa a HispanTV.

O presidente iraniano, Hasán Rohani, ordenou ao ministério do Interior que proporcione o mais rapidamente possível toda a ajuda necessária aos habitantes das zonas afectadas. Já na terça-feira, iniciou uma visita às zonas mais danificadas pela calamidade e prometeu «o máximo apoio» governamental à população.

Num encontro com jornalistas, no aeroporto de Kermanshah, capital da província homónima, o presidente apresentou uma vez mais condolências às famílias enlutadas e desejou rápidas melhoras aos feridos. «O governo mobilizará todas as suas forças e meios para contribuir para a recuperação física dos feridos e a reconstrução das habitações destruídas», assegurou Rohani.