O independentista porto-riquenho Oscar López Rivera recebeu a Ordem da Solidariedade concedida pelo Conselho de Estado de Cuba. À cerimónia, realizada na terça-feira, 14, no Memorial José Marti, na Praça da Revolução, em Havana, assistiu o presidente Raul Castro.

Rivera, líder da luta pela independência de Porto Rico, foi libertado em Maio deste ano, depois de permanecer mais de 35 anos preso nos Estados Unidos, acusado de conspiração e ligação às Forças Armadas de Libertação Nacional (FALN) de Porto Rico. A organização lutava pela independência da ilha, território reduzido a colónia norte-americana desde 1898.

Em Janeiro passado, dias antes de deixar a Casa Branca, o ex-presidente Barack Obama comutou a pena de López Rivera, pondo fim a quase 36 anos de prisão.

Recorda o jornal Granma que o combatente porto-riquenho, de 74 anos, é um veterano condecorado da Guerra do Vietname.

Ao regressar a Chicago, participou da luta pelos direitos do povo porto-riquenho e em actos de desobediência civil e militância pacífica. Em 1976 integrou-se na clandestina FALN, mas anos mais tarde foi preso pelo FBI.

Embora tenha reclamado a condição de «prisioneiro de guerra», a justiça norte-americana condenou-o a 55 anos de cadeia e, após uma alegada tentativa de fuga, a pena aumentou para 70 anos, 12 dos quais cumpriu em isolamento total.

Em 1999, o presidente Clinton ofereceu-lhe um indulto condicional mas Rivera recusou.

A campanha internacional pela sua libertação esteve depois associada à dos Cinco Heróis de Cuba, lutadores cubanos contra o terrorismo que sofreram pesadas penas de prisão nos EUA. Um desses patriotas, Fernando González, partilhou a cela com López Rivera durante mais de quatro anos.