O Manifesto «Justiça para a Palestina!» é apresentado publicamente hoje, quinta-feira, 2 de Novembro, às 18:30, em Lisboa, na Fundação José Saramago (Casa dos Bicos, Rua dos Bacalhoeiros, 10).

O texto é subscrito por uma centena de individualidades que reclama que seja saldada a dívida histórica para com o povo palestiniano neste ano de 2017, que marca os 100 anos da Declaração Balfour (2 de Novembro de 1917), os 70 anos do plano de partição da Palestina (1947) e os 50 anos do início da ocupação por Israel (1967) da Margem Ocidental, de Jerusalém Oriental e da Faixa de Gaza, permanecendo por cumprir a Resolução 181 da ONU que previa a criação de um Estado palestiniano.

O Manifesto lembra que em 2017 se assinala três datas de significado histórico profundamente doloroso para o povo palestiniano:

– 100 anos da Declaração Balfour de 1917, na qual o governo britânico prometeu ao movimento sionista a criação de um lar nacional judaico na Palestina;

– 70 anos do plano de partição da Palestina, adoptado pela ONU em 1947, do qual resultou a criação de Israel e a consequente Nakba (catástrofe) de 1948, um processo de limpeza étnica que se traduziu na demolição de mais de 530 aldeias e na expulsão de 750 mil palestinianos da sua terra natal; e

– 50 anos do início da ocupação por Israel, em 1967, da Margem Ocidental, de Jerusalém Oriental, da Faixa de Gaza e dos Montes Golã e do processo de colonização dos territórios palestinianos ocupados.

«Estes aniversários recordam-nos a pesada responsabilidade da comunidade internacional no arrastamento desta situação, consubstanciada em inúmeras resoluções da ONU por cumprir. Sete décadas após a constituição e reconhecimento de Israel, o Estado Palestiniano previsto na Resolução 181 da ONU (1947) permanece uma promessa por cumprir, dia após dia cada vez mais longínqua com o alargamento contínuo da colonização por Israel dos territórios ocupados em 1967», lê-se no documento.

O Manifesto conclui afirmando ser tempo de exigir Justiça para a Palestina.