África do Sul presta homenagem a Oliver Tambo nos seus 100 anos

Os patriotas sul-africanos estão a celebrar o centenário do nascimento de Oliver Reginald Tambo, que foi um dos principais líderes da luta contra o apartheid.

Nascido a 27 de Outubro de 1917 – faz amanhã um século – na província do Cabo Oriental, Tambo viria a ser um destacado dirigente do Congresso Nacional Africano (ANC) e companheiro próximo de Nelson Mandela.

Em 1943, foi o primeiro secretário-geral da Liga Juvenil do ANC, criada por ele, Mandela, Walter Sisulu e outros patriotas. Poucos anos depois, integrava a direcção da organização que liderou a luta contra o regime racista. Foi secretário-geral e vice-presidente do ANC e, entre 1969 e 1991, seu presidente. Forçado a um longo exílio, regressou à África do Sul em 1991, participou dos combates finais contra o apartheid e faleceu em 1993, com 75 anos.

Hoje, Oliver Tambo dá o nome ao aeroporto internacional de Joanesburgo e a uma das mais importantes condecorações da África do Sul.

Ao longo de 2017 foram realizados numerosos actos de comemoração do centenário de Oliver Tambo.

Ainda há dias foi inaugurada uma estátua sua em Joanesburgo, que honra e celebra a sua vida, os seus sacrifícios e a imensa contribuição que deu para a construção de uma África do Sul livre, democrática, não racial e não sexista.

O presidente Jacob Zuma enalteceu o seu papel no período da ilegalização do ANC, destacando a mobilização do apoio internacional à luta contra o apartheid. E lembrou que Oliver Tambo «estava convencido de que a África do Sul e o seu povo não lhe deviam nada porque os tinha servido com amor e desinteresse».

 



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