Entrevista a Gonçalo Lagem, candidato e presidente da Câmara Municipal de Monforte

O concelho de Monforte nunca tinha visto tanto investimento

RE­SUL­TADOS De­pois de quatro anos de gestão rui­nosa do PS, em 2013 a CDU re­con­quista a Câ­mara de Mon­forte e pôs mãos à obra, com muita com­pe­tência, para servir a po­pu­lação do con­celho.

O su­cesso al­can­çado deve-se aos fun­ci­o­ná­rios da au­tar­quia

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Quem é Gon­çalo Lagem?
Sou um ha­bi­tante de Mon­forte, que veio morar para aqui aos cinco anos de idade. Foi aqui que es­tudei, que cresci, onde tenho os meus amigos e a sorte de poder ter a minha fa­mília. Hoje, a minha função é tentar criar con­di­ções para que os ou­tros possam ter o mesmo per­curso que eu.

Em 2013, a CDU re­con­quistou a Câ­mara Mu­ni­cipal. Como se en­con­trava esta au­tar­quia após quatro anos de gestão PS?
Tí­nhamos vindo de 12 anos de gestão CDU [de 2001 a 2013], de grande di­nâ­mica, com in­ves­ti­mentos avul­tados e um apro­vei­ta­mento ex­tra­or­di­nário dos fundos co­mu­ni­tá­rios. De­pois [em 2013] en­con­trámos uma au­tar­quia que que­brou toda a es­tra­tégia de­li­neada, com uma dí­vida na ordem dos 3,5 mi­lhões de euros [neste mo­mento é de um mi­lhão e 700 mil euros] e os tra­ba­lha­dores des­mo­ti­vados. Não havia ideias, cri­a­ti­vi­dade, in­te­resse, tra­balho, pro­xi­mi­dade às pes­soas. O con­celho parou com­ple­ta­mente, pre­ci­sa­mente nos quatro anos [de 2009 a 2013] em que o Quadro de Re­fe­rência Es­tra­té­gica Na­ci­onal teve o seu mo­mento de maior in­ten­si­dade. O PS não apro­veitou nada disso.

Que me­didas foram im­ple­men­tadas?
Ti­vemos de pro­curar re­ceita sem sa­cri­ficar os mu­ní­cipes. Fomos à pro­cura de formas de ne­go­ci­ação, por exemplo, com a Infra-es­tru­turas de Por­tugal, re­sol­vendo os pro­blemas com a re­qua­li­fi­cação das es­tradas. A em­presa trans­feriu a com­pe­tência e a dis­po­ni­bi­li­dade fi­nan­ceira.

Em ma­téria de ha­bi­tação, ar­ran­jámos e ar­ren­dámos vá­rias casas que an­ti­ga­mente es­tavam de­vo­lutas. Por outro lado, exis­tiam equi­pa­mentos mu­ni­ci­pais, uti­li­zados por en­ti­dades do Poder Cen­tral, no­me­a­da­mente ex­ten­sões do Centro de Saúde, que não pa­gavam renda, água e elec­tri­ci­dade. Não po­demos sub­si­diar tudo, muito menos aquilo que não é a nossa com­pe­tência.

Si­mul­ta­ne­a­mente, abrimos al­guns es­paços co­mer­ciais da Câ­mara, como o res­tau­rante da Pis­cina Mu­ni­cipal, e acei­támos as casas do Ins­ti­tuto da Ha­bi­tação e da Re­a­bi­li­tação Ur­bana. A re­ceita dos ar­ren­da­mentos, em vez de ir para Lisboa, é uti­li­zada em be­ne­fício das pes­soas.

Al­gumas taxas foram au­men­tadas?
O au­mento do preço da água foi uma im­po­sição da En­ti­dade Re­gu­la­dora dos Ser­viços de Águas e Re­sí­duos. O IMI também subiu de forma muito re­si­dual, para fazer frente a outra im­po­sição legal, que pas­sava pela li­qui­dação total de um em­prés­timo de curto prazo que du­rava há 36 anos.

É claro que isso nos deu equi­lí­brio fi­nan­ceiro. Per­mitiu-nos, não só, re­duzir con­si­de­ra­vel­mente a dí­vida, como também criar novas formas de in­ves­ti­mento, apro­vei­tando o quadro co­mu­ni­tário de apoio, o Por­tugal 2020.

A nossa pre­o­cu­pação foi adaptar aquilo que são as ne­ces­si­dades das pes­soas às opor­tu­ni­dades do fi­nan­ci­a­mento das obras. Es­tamos agora a ter os re­sul­tados. No dia 14 de Julho ar­re­ca­dámos 500 mil euros de obras que já es­tavam com­ple­ta­mente exe­cu­tadas, para as quais pe­dimos um em­prés­timo, que vamos amor­tizar, na to­ta­li­dade. Esse em­prés­timo vai dar-nos uma maior ca­pa­ci­dade de en­di­vi­da­mento. Há quatro anos, a Câ­mara tinha uma ca­pa­ci­dade de en­di­vi­da­mento de 600 mil euros. No final do man­dato terá uma ca­pa­ci­dade de 2,5 mi­lhões de euros.

A quem se deve estes re­sul­tados?
O su­cesso al­can­çado deve-se, ex­clu­si­va­mente, aos fun­ci­o­ná­rios da au­tar­quia, que foram tão mal­tra­tados pelo PS. Não ti­nham di­reito a ajudas de custo, a horas ex­tra­or­di­ná­rias, a gozar o dia do ani­ver­sário, não havia festa de Natal. Nós [CDU] re­cu­pe­rámos todas essas coisas. Aliás, du­rante estes quatro anos, es­ti­mu­lámos a cri­ação de seis novas as­so­ci­a­ções [exis­tiam nove], uma delas foi a As­so­ci­ação de Tra­ba­lha­dores do Mu­ni­cípio de Mon­forte.

Que ou­tras me­didas e pro­jectos me­recem ser des­ta­cados?
São inú­meros. Quando en­trámos tí­nhamos um or­ça­mento de cinco mi­lhões e 200 mil euros. Este ano é de sete mi­lhões e 400 mil euros. Isto re­pre­senta que, ao longo deste man­dato, fi­zemos um in­ves­ti­mento total, em obras, de cinco mi­lhões de euros. Ou seja, 25 por cento do total dos or­ça­mentos, du­rante o man­dato, foram di­rec­ta­mente ca­na­li­zados para a obra fí­sica.

Co­me­çando mais perto da Câ­mara: es­tamos a re­cu­perar um edi­fício que es­teve aban­do­nado mais de 50 anos, o an­tigo hos­pital da mi­se­ri­córdia. Hoje está a ser re­qua­li­fi­cado para ser um centro de es­tudos e for­mação e uni­ver­si­dade sé­nior.

Fi­zemos a si­na­li­zação ver­tical e ho­ri­zontal de todas as vias mu­ni­ci­pais, através do pro­to­colo com a Infra-es­tru­turas de Por­tugal, a re­cu­pe­ração da es­trada que liga Veiros a Vila Fer­nando, a re­qua­li­fi­cação do jardim da Fonte de Baixo, em As­sumar, a re­qua­li­fi­cação do lo­te­a­mento do Campo dos Lou­reiros, também em As­sumar, e do Bairro da As­seca, em Vi­a­monte.

Fi­zemos uma sala po­li­va­lente para eventos mu­ni­ci­pais, a re­qua­li­fi­cação do lo­te­a­mento do Ta­padão e o pas­seio pe­donal, junto à es­cola, demos uma am­bu­lância aos Bom­beiros e re­qua­li­fi­camos a en­vol­vente do Quartel. Criámos um ATL para cri­anças.

Em re­lação ao abas­te­ci­mento de água, fi­zemos grandes in­ves­ti­mentos.

Um sem nú­mero de obras. Nunca se tinha visto tanto in­ves­ti­mento num tão curto es­paço de tempo.

Quais as prin­ci­pais res­pon­sa­bi­li­dades do Poder Cen­tral?
O Poder Cen­tral não nos ligou ne­nhuma em re­lação ao re­a­lo­ja­mento das fa­mí­lias de etnia ci­gana e não cum­priu, em tempo de­vido, com a cons­trução do novo centro es­colar. Temos uma es­cola ainda a fun­ci­onar com os te­lhados de ami­anto.

Quais os ob­jec­tivos elei­to­rais da CDU neste con­celho?
Re­forçar a vo­tação e eleger mais um ve­re­ador. Pe­rante o tra­balho que de­sen­vol­vemos, a equipa que cons­ti­tuímos, estão as­se­gu­radas as con­di­ções para que isso venha a acon­tecer. De­pois deste tra­balho de re­cu­pe­ração da dí­vida, de grandes in­ves­ti­mentos, es­tamos em con­di­ções de con­cre­tizar tudo aquilo que é ne­ces­sário fazer: a re­cu­pe­ração das en­tradas em todas as fre­gue­sias, da sede do con­celho, o me­lho­ra­mento do abas­te­ci­mento de água em Santo Aleixo e in­ves­ti­mentos que criem mais em­prego.

Com a CDU, em 2021 como es­tará este con­celho?
Eu vejo este con­celho muito mais es­tru­tu­rado em todos os ní­veis, com uma dí­vida com­ple­ta­mente re­cu­pe­rada, ou seja, sem dí­vida, com uni­dades que per­mitam a cri­ação de em­prego, no­me­a­da­mente um lagar e a ins­ta­lação da Cer­citop, com um novo centro es­colar, com novos acessos, com equi­pa­mentos des­por­tivos e cul­tu­rais, que já temos, de ex­ce­lência, com qua­li­dade de vida, com con­forto, com au­sência de cri­mi­na­li­dade e com se­gu­rança para as fa­mí­lias.




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