Entrevista a Nuno Silva, candidato e presidente da Câmara Municipal de Avis

Bons motivos para voltar a confiar na CDU em Avis

EX­PERIÊNCIA No con­celho de Avis o tra­balho da CDU está à vista de todos. O ac­tual man­dato ficou mar­cado por um grande es­forço para dotar o mu­ni­cípio de ins­ta­la­ções e meios para res­ponder às ne­ces­si­dades das po­pu­la­ções.

Puxam tudo para o Li­toral e es­quecem-se do In­te­rior

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Em 2013, foste eleito pre­si­dente da au­tar­quia. Fala-nos deste per­curso...
Co­mecei a tra­ba­lhar na Câ­mara em 1996. Em 2001, fui con­vi­dado para in­te­grar a equipa da CDU. Em 2013, tendo em conta o bom tra­balho que se es­tava a re­a­lizar, lan­çaram-me o de­safio de con­ti­nuar o pro­jecto da CDU, de par­ti­ci­pação e re­a­li­zação ao ser­viço das po­pu­la­ções. Foi isso que fi­zemos no pas­sado, é isso que es­tamos a fazer no pre­sente e es­pe­ramos vir a fazê-lo no fu­turo.

A psi­co­logia [área de for­mação] pode ser con­ci­liável com a po­lí­tica?
Sim. Temos que ter a ca­pa­ci­dade de ouvir, de estar pró­ximo, de ajudar quem nos pro­cura.

Avis é co­nhe­cida como um bas­tião do PCP. É um re­co­nhe­ci­mento do tra­balho dos co­mu­nistas e dos eleitos nas listas da CDU?
Tra­ba­lhar em prol das pes­soas é o prin­cipal ob­jec­tivo do pro­jecto da CDU, cri­ando infra-es­tru­turas ne­ces­sá­rias e po­ten­ci­a­li­zando o que temos, para que quem nos vi­sita sinta von­tade de voltar.

É isso que nos di­fe­rencia das ou­tras forças po­lí­ticas?
Nós es­tamos mais pró­ximos das pes­soas, per­ce­bemos as suas ne­ces­si­dades e o que re­al­mente querem.

Neste con­celho do in­te­rior do País, quais os pro­blemas mais sen­tidos?
A falta de em­presas e de tra­balho. O Poder Cen­tral devia criar con­di­ções para as em­presas. Es­tamos a 130 qui­ló­me­tros de Lisboa e muito perto de Ba­dajoz [Es­panha]. Se ti­vés­semos duas ou três novas ar­té­rias, po­de­ríamos ser um pólo de de­sen­vol­vi­mento, com­ba­tendo a de­ser­ti­fi­cação. Puxam tudo para o Li­toral e es­quecem-se do In­te­rior, com ca­rac­te­rís­ticas únicas e grandes po­ten­ci­a­li­dades, como a Bar­ragem do Ma­ra­nhão.

O início do man­dato ficou mar­cado por um in­tenso ataque ao Poder Local De­mo­crá­tico. Que re­per­cus­sões teve?
Dei­xaram de en­trar nos co­fres da au­tar­quia va­lores bas­tante sig­ni­fi­ca­tivos, isto sem es­quecer a questão da li­mi­tação dos man­datos, a Lei das Fi­nanças Lo­cais, a lei das 40 horas na Função Pú­blica – fomos um dos mu­ni­cí­pios que con­testou a de­cisão em tri­bunal, por causa da nossa pró­pria au­to­nomia. Es­ti­vemos sempre do lado dos tra­ba­lha­dores.

Che­gámos ao fim de um quadro co­mu­ni­tário que foi para es­quecer. Mesmo assim, con­se­guimos ter ca­pa­ci­dade, uma vez mais, para dar a volta por cima e para en­con­trar um ca­minho para levar o pro­jecto da CDU para a frente.

A agre­gação de fre­gue­sias neste con­celho trouxe algum tipo de van­ta­gens?
O que trouxe foi pre­juízos para as po­pu­la­ções das fre­gue­sias, cada uma com a sua iden­ti­dade. Fi­zemos um grande es­forço para que os ser­viços [em Ma­ra­nhão e Alcôr­rego, assim como em Be­na­vila e Va­longo] se man­ti­vessem abertos.

Neste man­dato, que áreas me­re­ceram maior en­vol­vi­mento deste exe­cu­tivo?
O prin­cipal foi manter o equi­lí­brio fi­nan­ceiro, para po­dermos ter uma si­tu­ação mais es­tável. De­pois, captar novos in­ves­ti­mentos e po­ten­ci­a­lizar aquilo que temos: o es­pelho de água da Al­bu­feira de Ma­ra­nhão, o parque de cam­pismo, o pa­tri­mónio his­tó­rico e cul­tural, abrindo a Bi­bli­o­teca Mu­ni­cipal José Sa­ra­mago. Inau­gu­rámos o Centro In­ter­pre­ta­tivo da Ordem de Avis e o Museu do Campo Alen­te­jano.

Por outro lado, es­tamos a trans­ferir os tra­ba­lha­dores da au­tar­quia para um novo edi­fício, para que possam ter me­lhores con­di­ções. Re­a­bi­li­tamos, também, o Co­légio Velho, um es­paço que es­tava de­vo­luto e que agora tem salas para as as­so­ci­a­ções e co­lec­ti­vi­dades do con­celho, assim como um gi­násio de ma­nu­tenção, tudo com muita qua­li­dade.

Outra das obras do man­dato é a Via Pe­donal, que liga Avis ao Clube Náu­tico, e a Via Ci­clável, um pas­sa­diço novo, para piões e bi­ci­cletas. O pa­tri­mónio mu­ni­cipal foi todo pin­tado. Em Se­tembro vamos inau­gurar um Fórum Cul­tural na Casa dos Braga.

E no que é menos vi­sível?
Na edu­cação, além dos ma­nuais es­co­lares às cri­anças que fre­quentam o pri­meiro ciclo, dis­po­ni­bi­li­zamos um au­to­carro para as vi­a­gens de es­tudo. Vamos buscar, de forma gra­tuita, os me­ninos que moram nos montes e pa­gamos, a todos, os passes es­co­lares até ao 9.º ano. Os que fre­quentam o 10.º, 11.º e 12.º ano é-lhes pago 50 por cento do passe. Atri­buímos bolsas de es­tudo a quem é re­si­dente no con­celho e fre­quenta o en­sino uni­ver­si­tário.

Temos ainda uma rede de lu­do­tecas, em que os pais podem deixar as suas cri­anças, que são de­vi­da­mente acom­pa­nhadas e es­ti­mu­ladas no seu de­sen­vol­vi­mento cog­ni­tivo.

Pa­ra­le­la­mente, criámos uma es­cola de mú­sica, ac­tu­al­mente com mais de 100 alunos, desde os quatro aos 84 anos.

Em termos des­por­tivos, no Alen­tejo, Avis já é o centro do remo. Também a Ca­no­agem, o Wind­surf e o BTT en­con­tram aqui ca­rac­te­rís­ticas únicas.

Tudo isto in­ves­tindo cada vez mais nas fre­gue­sias do con­celho, com am­pli­a­ções de ce­mi­té­rios, cri­ação de novos es­paços verdes, co­lo­cação de ta­petes de al­ca­trão, a par de

uma pa­nó­plia muito grande de ac­ti­vi­dades cul­tu­rais: te­atro, mú­sica, ci­nema, dança.

Que me­didas terão de ser to­madas para in­cen­tivar o de­sen­vol­vi­mento da eco­nomia e a me­lhoria do em­prego?
Ao nível da ha­bi­tação, es­tamos a «vender» lotes a preços sim­bó­licos, para que os jo­vens se possam fixar no con­celho. Por outro lado, criámos um pro­to­colo com a Dar­dico, em­presa [de pro­dutos con­ge­lados e ul­tra­con­ge­lados] que vai am­pliar a fá­brica, o que po­derá ser uma mais-valia para criar mais postos de tra­balho.

A pos­si­bi­li­dade de im­ple­men­tação de um pro­jecto de rega, através da Bar­ragem do Ma­ra­nhão, pode também ca­tivar novas em­presas li­gadas à agri­cul­tura. As pe­quenas e me­dias em­presas são sempre aca­ri­nhadas e bem vindas a este con­celho. No mu­ni­cípio es­tamos a abrir 30 postos de tra­balho.

Que ou­tras pro­postas tem a CDU para os pró­ximos quatro anos?
O campo de fu­tebol está um pouco de­vo­luto. O nosso ob­jec­tivo é re­cu­perá-lo, acres­centar uma pista de tartan. Para além dos cam­peões do mundo do remo, po­demos ali treinar os atletas do tri­atlo.

Nas fre­guesia de Alcôr­rego e de Fi­gueira e Barros não existem IPSS. Não que­remos que os nossos idosos re­corram a estes ser­viços nou­tras fre­gue­sias. Já temos edi­fí­cios e pro­jectos. Só ainda não avan­çaram as obras em vir­tude do quadro co­mu­ni­tário.

Temos em mente muitos ou­tros pro­jectos, para fazer o me­lhor para o con­celho de Avis, que é isso que nos nove.

Também aqui, é pos­sível dar um im­pulso ao re­forço elei­toral da CDU?
Nós iremos fazer tudo por tudo para que isso acon­teça. É nosso ob­jec­tivo al­cançar um maior nú­mero de votos. O nosso tra­balho está à vista de todos.




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