Comissões da CGD cortam 60 euros nas pensões
O Governo não pode permitir que a Caixa Geral de Depósitos concretize o anunciado aumento das comissões de manutenção de contas bancárias dos aposentados, protestou anteontem, dia 25, a Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública, salientando que tal cobrança representaria um corte de rendimentos superior a 60 euros por ano (4,95 euros por mês, acrescidos de imposto de selo) e que «é urgente que os aposentados façam chegar ao Governo o seu repúdio e a sua indignação».
A Frente Comum assinala que isto ocorre «no ano em que os aposentados continuam a perder poder de compra face ao aumento dos impostos indirectos», lembrando que «a maioria dos aposentados está sem aumentos há mais de oito anos». Os que têm pensões até 630 euros iriam ficar sem grande parte do aumento extraordinário de dez euros.
No mesmo dia, a Inter-Reformados (CGTP-IN) considerou a cobrança inaceitável, observando que o responsável por tal medida é Paulo Macedo, ex-ministro da Saúde do PSD/CDS, que agora foi colocado pelo PS a administrar a CGD.
A Inter-Reformados garante que vai «continuar a organizar os reformados, aposentados e pensionistas para lutarem pela nacionalização da Banca» e também «por uma política de esquerda e soberana, pelo aumento geral das pensões, contra a aplicação das comissões bancárias», entre outros objectivos.