Grande jantar regional da CDU afirma projecto em Castelo Branco
COMPROMISSO Jerónimo de Sousa participou, sábado, num grande jantar da CDU no distrito de Castelo Branco, realizado na Covilhã. Além das eleições autárquicas, os incêndios foram tema dominante.
A CDU faz falta nas freguesias, nos concelhos e no País
O pátio da Escola Secundária Frei Heitor Pinto, na Covilhã, encheu-se de candidatos, activistas e apoiantes da CDU que fizeram questão de demonstrar, com a sua presença, o seu compromisso com o projecto autárquico da Coligação PCP-PEV. Para além do Secretário-geral do Partido, intervieram Ema Gomes, do Conselho Nacional d' «Os Verdes» e primeira candidata à Câmara Municipal da Sertã, e as primeiras candidatas aos municípios do Fundão, Castelo Branco e Covilhã, respectivamente Catarina Gavinhos, Ana Leitão e Mónica Ramôa.
O comício foi dirigido por Marco Gabriel, presidente da Junta de Freguesia da Boidobra e candidato pela CDU a um novo mandato, que saudou os candidatos presentes e todos os «construtores deste projecto colectivo que, das mais diversas formas de participação, dão o seu contributo para o reforço da CDU». O autarca valorizou ainda o projecto da CDU, o qual disse ser «corporizado por gente concreta e com propostas e acção concretas, com provas dadas onde a CDU está presente, em assembleias de freguesia, assembleias municipais, na Câmara Municipal da Covilhã e ainda na Junta de Freguesia da Boidobra, Junta CDU». É precisamente pela sua acção ímpar que, realçou Marco Gabriel, «na Boidobra, nas restantes freguesias, nos concelhos e no País a CDU faz falta».
Ainda os fogos
Jerónimo de Sousa, na sua intervenção, destacou os aspectos essenciais do projecto autárquico da CDU e a importância de reforçar a votação na coligação PCP-PEV, não só para desenvolver os concelhos e as freguesias como para a própria evolução positiva da situação nacional. Comentando a actualidade política, o dirigente comunista não deixou de se referir à situação na PT/MEO e voltou ao tema incontornável dos incêndios, ou não se estivesse num distrito que nessa mesma altura se debatia com fogos florestais.
Lembrando o projecto de lei do PCP para a implementação de medidas imediatas de apoio às vítimas e para o combate aos incêndios ainda este ano, o Secretário-geral do Partido lembrou que os diagnósticos estão todos feitos e que há «resmas e resmas de papel, toneladas de teoria sobre as causas deste flagelo». Também os responsáveis estão «mais que identificados», garantiu: os sucessivos governos do PS, PSD e CDS.
O tempo, realçou, é de «fazer aquilo que é necessário e que está escrito na pedra há muito, designadamente no Sistema de Defesa da Floresta Contra Incêndios ou na Estratégia Florestal Nacional». Quanto à Reforma Florestal apresentada pelo Governo, o dirigente comunista reafirmou os argumentos apresentados no debate parlamentar (ver págs. 8 e 9).
O que o PCP não aceitará, reafirmou, é que se empurre as responsabilidades para os pequenos proprietários florestais e que o Estado aliene as suas responsabilidades na gestão da floresta.