O que é preciso fazer
No decurso do debate os deputados comunistas não deixaram de «valorizar muito» o que já foi alcançado em vários domínios. João Oliveira elencou vários desses avanços – desde a devolução de salários e pensões até medidas de redução da carga fiscal sobre os rendimentos do trabalho, por exemplo –, mas anotou que há muitas outras questões relativamente às quais é preciso responder e que exigem a «ruptura com opções que vêm de trás».
Nessa opções, a par das privatizações, cabe ainda o negócio ruinoso para o Estado das PPP, estando hoje à vista, segundo João Oliveira, o exemplo do SIRESP, entre tantas outras áreas onde essa parceria foi firmada, como na saúde ou nos sectores dos transportes, com lucros chorudos para os grupos económicos.
Daí que o PCP considere, entre outras questões que em sua opinião estão colocadas ao País, a necessidade de enfrentar os constrangimentos que pesam sobre a vida nacional (dívida e imposições da UE e do euro).
Jerónimo de Sousa, dirigindo-se a António Costa, tratou de elencar uma série de outras matérias que para o PCP são de primordial importância, como seja desde logo o eliminar das limitações e restrições a direitos dos trabalhadores, o reforço do investimento nos serviços públicos (sobretudo saúde e educação), uma gestão orçamental de acordo com a resposta aos problemas do País e não à exigências de Bruxelas, execução dos OE na óptica da resolução dos problemas do povo e do País e não em função da «apresentação de serviço à UE quanto aos limites do défice».