Defender trabalhadores da PT
O primeiro-ministro acompanhou a preocupação do PCP quanto ao futuro da PT, propriedade da multinacional Altice, admitindo temer mesmo pelo futuro de postos de trabalho.
«Receio bastante que a forma irresponsável como foi feita aquela privatização possa dar origem a um novo caso Cimpor, com um novo desmembramento que ponha não só em causa os postos de trabalho, como o futuro da empresa», declarou António Costa, respondendo ao líder parlamentar comunista, que o confrontara na segunda ronda de perguntas do debate com os «processos de intimidação, chantagem e pressão de que os trabalhadores da PT têm sido alvo para conduzir ao seu despedimento».
Antes, na sua primeira intervenção, Jerónimo de Sousa, abordara já este problema defendendo que «é preciso garantir que os trabalhadores e reformados da PT não percam os seus postos de trabalho, os seus direitos, o seu vínculo à empresa».
Insistindo na questão, João Oliveira considerou que os trabalhadores estão no fundo a «ser vítimas da opção da política de direita de privatizar uma empresa estratégica», colocando-a nas mãos de grandes grupos económicos, com «consequências devastadoras» para o País.
Na resposta, o chefe do Governo disse ainda esperar que a autoridade reguladora para as telecomunicações «olhe com atenção» para o que aconteceu com as diferentes operadoras e seu desempenho no decurso dos incêndios de Pedrógrão Grande.
«Houve algumas que conseguiram manter sempre as comunicações e houve outra que esteve muito tempo sem conseguir comunicações nenhumas – e isso é muito grave», sublinhou o responsável do Executivo.