«Para a frente com a luta ou não saímos disto»

Trabalhadores do Pingo Doce de Braga cumpriram, dia 1, uma greve de 24 horas contra a discriminação salarial, a repressão e assédio, e o incumprimento do Contrato Colectivo aplicável, designadamente em matéria de escalas. Aos funcionários da loja de Braga, concentrados à porta do estabelecimento, juntaram-se camaradas de trabalho de Vila Verde, com reivindicações específicas.

O Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal – CESP, explicou que as causas do descontentamento são o não aumento da generalidade dos trabalhadores ou a actualização dos salários de acordo com critérios arbitrários aplicados pelas chefias; as alterações constantes (por vezes diárias) dos horários sem conhecimento dos trabalhadores nem da sua estrutura representativa. Em Vila Verde, nas bombas de gasolina e na cafetaria não se exerce o direito à pausa de 15 minutos devido a coacção, e na reposição nocturna trabalha-se à média luz.

«Ganhamos pouco mais do que o ordenado mínimo e vemos os gerentes que já ganham muito, mas muito, muito mais do que nós, a serem aumentados. E nós não», relatou uma trabalhadora presente no protesto, citada pela Lusa sob reserva de anonimato.

«Os que estão lá dentro estão por medo. Eles chamaram-nos e intimidaram-nos. A outros deram ofertas de cartões com 150 euros. É o que fazem sempre. Mas nós temos que ir para a frente com a luta ou não saímos disto», acrescentou outra trabalhadora ouvida pela agência de notícias pública.

 



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