Crescimento económico exige uma nova política

ECONOMIA O PCP congratula-se pelo crescimento do PIB mas adverte para a necessidade de um desenvolvimento sustentado num crescimento económico liberto dos constrangimentos que se colocam à soberania nacional.

O PCP quer romper com os interesses do capital monopolista

Segundo o INE, o PIB cresceu em termos homólogos 2,8 por cento e em cadeia um por cento; no trimestre anterior, a variação homóloga tinha sido de dois por cento e a variação em cadeia 0,7 por cento. É preciso recuar ao segundo trimestre de 2004 para encontrar um ritmo de crescimento em termos homólogos deste nível, sublinha o PCP.

Para o Partido, em nota do seu Gabinete de Imprensa divulgada no dia 15, os resultados divulgados são «inseparáveis da inversão com o rumo imposto pelo governo PSD/CDS e das medidas, ainda que limitadas, de reposição e conquista de direitos e rendimentos» que foi possível implementar. Medidas como a reposição salarial na Administração Pública, o aumento (ainda que insuficiente) do salário mínimo nacional, o fim da sobretaxa de IRS para os escalões de rendimentos mais baixos, o aumento das prestações sociais, o descongelamento das pensões ou a redução do IVA na restauração, implementadas em 2016, «conduziram à aceleração do consumo privado e da procura interna, em particular a partir do segundo semestre de 2016».

Valorizando o contributo dado pelo lado da procura externa líquida, que apresenta um valor positivo não sustentável, com destaque para o turismo, o PCP garante ser no consumo privado, que representa 68 por cento do PIB, que reside a principal contribuição para os resultados verificados.

O Partido apela, porém, à prudência na análise aos números agora conhecidos, pois embora desmintam as profecias «dos que não se conformam com a derrota do governo anterior e da sua política», resultam também de uma conjuntura favorável (designadamente o baixo preço do petróleo, a desvalorização do euro e as baixas taxas de juro), não estando solidamente sustentadas numa trajectória de crescimento económico «liberto dos constrangimentos que se colocam à soberania nacional».

Para o PCP, é na ruptura com as opções da política de direita e na adopção de uma política «determinada pela defesa, reposição e conquista de direitos, de dinamização do investimento e da produção nacional, de libertação do País da submissão ao euro, de renegociação de uma dívida que é insustentável e de ruptura com os interesses do capital monopolista que residirão as condições para que o ritmo de crescimento atingido no primeiro trimestre não tenha um carácter conjuntural e se projecte de forma sustentável ao longo dos próximos tempos».




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