PCP inaugura novo Centro de Trabalho com olhos postos no reforço da organização
BARREIRO O PCP inaugurou no dia 28 o seu novo Centro de Trabalho na freguesia do Barreiro, exactamente 43 anos depois de aí ter aberto o primeiro de todos os centros de trabalho do País.
Foi no Barreiro que o PCP abriu o seu primeiro CT
Aspiração antiga da organização de freguesia do Barreiro, o novo Centro de Trabalho já se encontra em pleno funcionamento há umas semanas, mas a inauguração oficial, com a presença do Secretário-geral do Partido, foi deixada, por motivos simbólicos, para o dia 28 de Abril. Nesse mesmo dia, há 43 anos – apenas três dias após o 25 de Abril de 1974 – o PCP abriu o primeiro Centro de Trabalho do País, ali mesmo, na freguesia do Barreiro. Alguns dos que participaram na inauguração da passada sexta-feira estiveram envolvidos nessa iniciativa audaciosa e pioneira dos primeiros dias da revolução.
Quando Jerónimo de Sousa ali chegou, pouco passava das cinco da tarde, já perto de duas centenas de militantes e simpatizantes do Partido se concentravam na rua em frente ao novo Centro de Trabalho. Entre eles, encontravam-se Sofia Martins e Carlos Humberto Carvalho, candidatos à Câmara e Assembleia municipais nas próximas eleições autárquicas, Pedro Silva, do Comité Central, Margarida Botelho, da Comissão Política, e Armando Morais, da Comissão Central de Controlo. Alinhados em frente à entrada estavam os membros do Grupo Coral Alentejano «Os Amigos do Barreiro», que momentos depois cantariam versões da «Trova do Vento que Passa» e do «Hino dos Mineiros», que arrancaram lágrimas a alguns dos presentes.
Possibilidades para crescer
Inaugurando formalmente a nova casa do Partido na freguesia do Barreiro, Jerónimo de Sousa lembrou a contribuição dos barreirenses para a resistência ao fascismo e para o curso progressista da Revolução, mesmo nos «tempos mais duros e difíceis». Contudo, rejeitou que a abertura do novo Centro de Trabalho, naquele dia concreto, fosse uma mera iniciativa simbólica. Pelo contrário, insistiu, constituía um acontecimento carregado de futuro por tudo o que um Centro de Trabalho representa para a vida e o reforço do Partido.
Este novo espaço, salientou o Secretário-geral, que terá que estar «de portas abertas aos trabalhadores e ao povo», será um local de reunião, de debate, de auscultação dos problemas, de organização da luta: «é a luta organizada que o capital mais teme», garantiu, acrescentando ser ela que efectivamente transforma a realidade. Com o novo Centro de Trabalho, os comunistas do Barreiro estarão em melhores condições para promover o recrutamento, particularmente de jovens, e de reforçar a organização e intervenção nas empresas e locais de trabalho, insistiu. «Essa é a vossa responsabilidade», afirmou aos presentes.
A inauguração terminou num lanche no interior do novo Centro de Trabalho, um espaço amplo e funcional, com capacidade para contribuir efectivamente para o reforço da intervenção do Partido na freguesia.