Países da UE concederam 710 mil pedidos de asilo

Os estados-membros da União Europeia (UE) concederam, em 2016, cerca de 710 mil pedidos de asilo, mais do dobro do ano anterior, 320 dos quais em Portugal, segundo dados divulgados, dia 26, pelo Eurostat.

Ao todo foram tomadas mais de um milhão e cem mil decisões em primeira instância, das quais 61 por cento foram positivas (673 mil). Em instância de recurso foram avaliados 221 mil requerimentos, 38 mil dos quais (17%) positivamente.

De acordo com o gabinete de estatísticas da UE, para além do deferimento de 710 400 pedidos de asilo, foram ainda acolhidos 14 205 refugiados, ao abrigo do programa de reinstalação de pessoas provenientes de campos fora do bloco europeu.

O estatuto de refugiado foi concedido a 389 670 requerentes (55% das decisões positivas), 263 755 pessoas adquiriram protecção subsidiária (37%) e 56 970 uma autorização de permanência por razões humanitárias (8%).

A Alemanha foi o estado-membro que maior número de pedidos de asilo aprovou no ano passado (445 210, um rácio de 5420 pessoas integradas por milhão de habitantes), seguindo-se a Suécia (69 350, 7040 por milhão de habitantes), a Itália (35 450, 585 por milhão de habitantes) e a Áustria (31 750, 3655 por milhão de habitantes).

Em Portugal, foram despachados positivamente 320 pedidos (30 por milhão de habitantes), dos quais 105 estatutos de refugiado e 215 protecções subsidiárias.

Os cidadãos sírios representaram mais de metade (57%) dos pedidos aprovados na UE, totalizando 405 620, seguindo-se os iraquianos (65 765, 9%) e os afegãos (61 820, 9%).

Em Portugal, foram cidadãos ucranianos os que mais pedidos de asilo viram aprovados (150, 46%), seguindo-se sírios (60, 19%) e eritreus (30, 9%).




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