Fusão de hospitais é negativa
Perguntas e requerimentos aos ministérios da Saúde e da Justiça sobre matérias como equipamentos/investimentos, contratação de pessoal, licenciamento do «terceiro acelerador linear» dívida do Ministério da Justiça ao Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra e obras para o «Pavilhão 16» (edifício de psiquiatria com «carências enormes», designadamente de segurança) - eis, em síntese, o caderno de encargos com que os deputados comunistas saíram das Jornadas depois do encontro com a Administração do Centro Hospitalar Universitário de Coimbra e de visitas ao Hospital dos Covões e ao Hospital Psiquiátrico Sobral Cid.
Confirmando a avaliação que faz da fusão de unidades de saúde que conduziu ao progressivo desmantelamento e esvaziamento do Hospital dos Covões e do Hospital Psiquiátrico Sobral Cid, ao encerramento de várias unidades do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Coimbra, designadamente, Lorvão e Arnes e à desestruturação e encerramento de muitas valências em várias unidades de saúde, o PCP entende que este processo tem «consequências muito negativas para os profissionais e utentes», e dele apenas têm beneficiado as entidades privadas prestadoras de cuidados de saúde em prejuízo do Serviço Nacional de Saúde.
«Perante o desinvestimento dos últimos anos e consequente agravamento de problemas de funcionamento das unidades de saúde, a concentração da gestão tende a avolumar a burocracia e a escala dos problemas sentidos pelas unidades de saúde individualmente consideradas», concluem os deputados comunistas, muito críticos quanto à retirada do Hospital dos Covões de serviços nucleares, bem como em relação ao desaproveitamento existente da capacidade instalada.
Os deputados comunistas puderam confirmar que, em resultado da fusão, o CHUC se converteu de facto num dos maiores centros hospitalares do País, com 1848 camas e 7289 profissionais, embora haja carência de médicos, tal como faltam assistentes operacionais, técnicos de diagnóstico e terapêutica.