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Há que «prosseguir e aprofundar a luta contra a diabetes», defende o PCP, entendendo que esse é um caminho que implica desde logo o reforço de programas de prevenção - vide os programas de rastreio da retinopatia diabética -, bem como o fomento da articulação e envolvimento de vários ministérios e autarquia locais no sentido da promoção de estilos de vida saudáveis.

Esta posição foi recentemente veiculada pela deputada comunista Carla Cruz em debate suscitado por uma petição com perto de cinco mil assinaturas, da iniciativa da Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal, solicitando que a AR recomende ao Governo a integração desta associação no Serviço Nacional de Saúde.

Acompanhando a pretensão da APDP, Carla Cruz, em nome da sua bancada, teve ainda palavras de saudação e valorização para o importante trabalho desenvolvido por esta entidade com 90 anos de existência, sublinhando nomeadamente o seu grande contributo para a «formação, prevenção e tratamento das pessoas com diabetes».

Um trabalho, recordou, que é feito em cooperação e em complementaridade com o SNS, cujo reconhecimento esteve na base aliás da «celebração de um protocolo entre a APDP e a ARS de Lisboa e Vale do Tejo», que vigorará até 2019.

Já um projecto de resolução do PS igualmente em debate e aprovado, recomendando a celebração de um protocolo com a APDP, não pôde ser acompanhado pelo PCP (que se absteve), por considerar que a iniciativa tem por base um decreto-lei (D.L. n.º 138/2013) que «desresponsabiliza o Estado da assumpção da prestação de cuidados de saúde».

Recorde-se que a diabetes, que atinge mais de um milhão de portugueses, segundo dados oficiais, é uma doença crónica tida como a «principal causa de cegueira, insuficiência renal e amputação de membros inferiores», sendo ainda uma das principais causas de morte, dado o risco agravado de doença coronária e de acidente vascular cerebral.