Observadores em Alepo
Após a libertação de Alepo pelo exército sírio, procede-se agora a operações de evacuação de civis da cidade. Por unanimidade, o Conselho de Segurança aprovou uma resolução nesse sentido.
Militares estrangeiros foram presos em Alepo
O Conselho de Segurança das Nações Unidas adoptou na segunda-feira, 19, uma resolução para a supervisão internacional da evacuação de civis da zona oriental de Alepo e a imediata ajuda humanitária à população.
Parte da cidade tinha caído, em 2013, nas mãos de grupos jihadistas. Em Novembro, as tropas governamentais sírias iniciaram uma nova etapa da ofensiva para libertar Alepo e o seu rápido avanço foi possível graças ao apoio da aviação russa. A 15 deste mês, concluiu-se a libertação de Alepo, com a recuperação dos bairros orientais por parte do exército. Decorre desde então a evacuação da população, em operações organizadas pelas autoridades sírias, tendo já deixado a cidade cerca de 10 mil pessoas.
De acordo com a resolução aprovada pelo Conselho de Segurança, os funcionários da ONU e das organizações humanitárias levarão a cabo «uma supervisão neutral adequada e uma observação directa da evacuação dos bairros orientais de Alepo e de outros bairros da cidade». O texto insiste em que todas as partes do conflito têm de garantir um acesso seguro e livre aos observadores, assim como criar condições para a entrega de ajuda humanitária.
Militares presos
Desde a libertação, os jihadistas que ocupavam bairros orientais de Alepo foram autorizados a partir para Idlib (sob controlo da Al-Qaeda) ou Raqqa (controlada pelo Estado Islâmico) ou entregar-se ao exército. Os que optaram pela retirada foram evacuados em autocarros, sob a protecção da Síria e Rússia, na presença de representantes das Nações Unidas.
Alguns jihadistas fugiram, misturando-se com a população civil. Os serviços de segurança conseguiram identificá-los e mais de 1500 foram presos durante o processo de registo dos 120 mil habitantes que se encontravam nos bairros libertados.
Segundo informa a Red Voltaire, o deputado e presidente da Câmara de Comércio de Alepo, Fares Shehabi, publicou uma lista não exaustiva de 14 oficiais estrangeiros detidos pelas forças especiais sírias num bunker da NATO no Leste de Alepo. Desta relação fazem parte militares dos EUA, Israel, Turquia, Qatar, Arábia Saudita (oito), Jordânia e Marrocos.
Nada que não se soubesse já, mas dá uma ideia da dimensão da agressão imperialista à República Árabe Síria.