Bombas sobre o Iémen
Um bombista fez-se explodir, no dia 18, no meio de recrutas, junto à base militar de Al-Sawlaban, perto do aeroporto de Aden, no Sul do Iémen. Houve mais de 50 mortos e dezenas de feridos.
O denominado «Estado Islâmico» reivindicou o atentado, semelhante a outro, há dias, na mesma base, que matou 48 soldados. Em Agosto, uma bomba, num centro de recrutamento militar de Aden, vitimou 70 pessoas.
A carnificina é parte da mortandade em curso no Iémen, onde rebeldes xiitas Houthis combatem o governo do presidente Mansour Hadi, apoiado desde 2015 por uma coligação militar liderada pela Arábia Saudita, com o auxílio dos EUA e da Grã-Bretanha. Os rebeldes controlam parte da capital, Sana, no Norte, e a região Noroeste. Aden está nas mãos de facções apoiantes do governo. No Sul, actuam grupos de terroristas ligados à Al-Qaida e ao EI.
A coligação entre sauditas e ocidentais é responsável por bombardeamentos aéreos em todo o Iémen. As Nações Unidas falam em milhares de mortos, em milhões de deslocados e em 70 por cento da população a necessitar de assistência humanitária.
Na edição de segunda-feira, 19, o jornal The Guardian escreve que a Grã-Bretanha fornece à Arábia Saudita bombas de fragmentação, que são lançadas no Iémen, e treina militares sauditas.
Dois «pormenores» lembrados pelo jornal inglês: 1.º – as bombas de fragmentação são proibidas por um tratado de que Londres é signatário; e 2.º – a Grã-Bretanha vendeu, desde o início da agressão ao Iémen, «milhões de libras de material de guerra» aos sauditas.
Doze mortos em Berlim
Na segunda-feira, 19, um camião irrompeu sobre as pessoas que visitavam um mercado de Natal, em Berlim, provocando 12 mortos e meia centena de feridos. As autoridades estão a tratar o caso como «possível atentado terrorista». Entretanto, a presidente do partido da direita radical Alternativa para a Alemanha, Frauke Petry, veio a público dizer que o seu país «já não é seguro», exigindo ao Governo que retome o controlo das fronteiras.