PCP exige melhores transportes públicos
O PCP promoveu no dia 4, em Gaia, uma marcha em defesa dos transportes públicos e do alargamento do Andante a todos os operadores da Área Metropolitana do Porto.
As propostas do PCP vão ao encontro dos interesses dos utentes
Apesar da chuva que caía, muitas dezenas de pessoas – militantes comunistas, muitos deles, mas também outros que não o sendo com eles partilham a justa causa de defender e valorizar o sistema público de transporte colectivo – desceram a Avenida da República, em Gaia, desde Santo Ovídio até à Câmara Municipal, local onde se concentraram para escutar as intervenções de Diana Couto, da Direcção da Organização Regional do Porto do PCP e da Comissão Concelhia de Vila Nova de Gaia, e de João Pimenta Lopes, deputado no Parlamento Europeu.
Esta acção promovida pelo Partido enquadra-se numa justa e antiga reivindicação das populações da região em defesa de mais e melhores serviços públicos de transportes para o concelho. Em Gaia, a rede de transportes é pouco operacional, sem planeamento, demasiado cara e insuficiente, assentando largamente em operadores privados. Quanto à STCP, abrange praticamente só o centro urbano, enquanto o Metro serve apenas a Avenida da República. Para além disso, não há ligação entre freguesias e a serviços essenciais.
Entre as reclamações do PCP, que são as das populações e comissões de utentes, conta-se a exigência de alargamento do serviço da STCP, uma maior interligação com o Metro, a CP e os operadoras privadas, a prioritária extensão da rede de Metro até Laborim, Hospital e Vila d’Este e ainda a criação de parques de estacionamento públicos junto ao Metro, já que Gaia é o único concelho que os não tem. A intermodalidade entre operadoras e a aplicação de preços justos e acessíveis é também uma prioridade essencial aos gaienses e a toda a área metropolitana, entende o PCP.
Insistir no que é justo
Nas intervenções recordou-se o teor da proposta do PCP, apresentada na Assembleia da República, que consagrava a instituição do Andante como passe social intermodal em toda a Área Metropolitana do Porto. Ela teria sido uma excelente oportunidade para fazer face a muitas das dificuldades sentidas pelos utentes dos transportes colectivos em Gaia, não tivesse a mesma sido chumbada por PS, PSD e CDS, com a abstenção do BE.
Esta foi, garante o PCP, uma posição lamentável assumida por esses quatro partidos, que não só contraria as necessidades dos utentes de transportes públicos e do desenvolvimento regional, como a própria votação que assumiram em muitas assembleias municipais e de freguesia da região, onde aprovaram idênticas propostas apresentadas pelos eleitos comunistas.
Na marcha de dia 4, o PCP insistiu na justeza da sua proposta, garantindo que continuará a bater-se por ela.