Enfermeiros avançam na luta

Depois de ter realizado greves e outras acções em cerca de duas dezenas de instituições de Saúde, nos meses de Agosto e Setembro, o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses convocou uma concentração de dirigentes para amanhã, às 11h30, frente ao Ministério da Saúde, e uma greve nacional, para dias 13 e 14.

A decisão foi anunciada na segunda-feira, 26 de Setembro, em conferência de imprensa, na qual o SEP/CGTP-IN reafirmou os motivos da convocação de novas formas de luta, criticando a falta de soluções, por parte do Ministério, e declarou que a concretização da greve depende de haver, ou não, respostas positivas do Governo. Foram endereçados pedidos de reunião ao ministro e aos grupos parlamentares.

Nas reivindicações que o SEP destacou incluem-se:
a reposição do valor integral das horas «de qualidade» e extraordinárias;
a admissão de mais enfermeiros, com imediata reabertura do concurso Nacional para dois mil lugares nas administrações regionais de Saúde, e, nas instituições hospitalres, o aumento da contratação ainda em 2016 e o recrutamento de quatro mil profissionais em 2017;
a progressão nas posições remuneratórias e abertura de concurso para enfermeiro principal, a par da negociação do suplemento remuneratório para enfermeiros especialistas e das grelhas salariais das categorias de enfermeiro, enfermeiro-chefe e supervisor;
o pagamento do trabalho extraordinário realizado, bem como dos incentivos financeiros aos enfermeiros em Unidades de Saúde Familiar Modelo B, harmonizando as condições salariais e de trabalho nas unidades funcionais dos Agrupamentos de Centros de Saúde;
as 35 horas semanais para cerca de nove mil enfermeiros que continuam em regime de 40 horas;
a negociação de medidas (aposentação, dias de férias) que minimizem a penosidade e risco inerentes à profissão.

 



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