Viticultores espremidos
A vindima deste ano está a ser um «pesadelo» para os vitivinicultores do Douro. «Estamos perante uma redução significativa da produção, comparativamente com campanhas anteriores», alertou a AVIDOURO.
Os viticultores sofreram enormes quebras na produção
Segundo a Associação dos Vitivinicultores Independentes do Douro (AVIDOURO), o «clima que tem andado por estas bandas» é «pouco amigo de quem trabalha» e dos que «insistem em continuar a produzir».
«Foi um ano em que as vinhas foram atacadas fortemente por pragas e doenças, nomeadamente o míldio, obrigando a custos de tratamento elevados, três ou quatro vezes superiores a anos ditos normais», informa, em nota de imprensa de dia 29, a AVIDOURO, dando conta de que a «maioria dos pequenos e médios viticultores, apesar de descapitalizados e sem possibilidades financeiras para fazerem todos os tratamentos, recorreram ao crédito» para continuar a produzir.
Para minimizar os problemas, a associação reclama o «aumento dos preços na produção – para as uvas do Generoso/Porto e dos vinhos Douro de mesa», o «pagamento das uvas em função do peso e do grau», a «obrigatoriedade da celebração de contratos entre firmas e viticultores, com a indicação do preço/kg e prazos de pagamento», a «suspensão temporária das prestações para a Segurança Social de todos os pequenos e médios viticultores que sofreram grandes quebras na produção» e «que o IVDP e o Ministério da Agricultura intervenham para o cumprimento de tais objectivos e para que o (grande) comércio de vinhos não fique com o lucro todo enquanto “espreme” a produção».