Call Center e Backoffice da PT no Porto

PCP apela à luta <br>contra a precariedade

«A cada posto de trabalho permanente deve corresponder um vínculo de trabalho efectivo», lembra o Partido num comunicado distribuído à porta do Call Center e Backoffice da PT no Porto, e no qual chama os trabalhadores a lutarem pelos seus direitos.

O Partido exorta os trabalhadores a tomarem nas suas mãos a luta

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A fragilidade dos vínculos laborais, a sobre-exploração e os abusos e ilegalidades que deles resultam não são novidade para os Sectores Profissionais da Organização Regional do Porto do PCP, e, uma vez que existe ligação efectiva da estrutura partidária às empresas e locais de trabalho, é possível agir e alertar.

Foi o que sucedeu no passado dia 26 de Agosto, quando a organização do PCP se deslocou à porta do Call Center e Backoffice da PT na cidade do Porto para advertir os trabalhadores que a recentemente conhecida transferência destes para a empresa Manpower não estava a ser realizada legalmente.

Acresce que no processo que a Manpower, «que paga prémios superiores com objectivos inferiores» aos praticados pela actual empresa de trabalho temporário ao serviço da PT, a Egor, «prepara-se para não aplicar os mesmos valores e objectivos aos transferidos».

«O verdadeiro problema dos trabalhadores do Backoffice e Call Center da PT, porém, é que se encontram numa situação ilegítima de trabalho precário, alguns há mais de dez anos, contratados pelas empresas de aluguer de mão-de-obra em vez de estarem integrados na empresa que verdadeiramente beneficia do seu trabalho – a PT Comunicações», sublinha-se no comunicado.

Assim, o Partido «exorta os trabalhadores a tomarem nas suas mãos a luta pela justa reivindicação: a cada posto de trabalho permanente deve corresponder um vínculo de trabalho efectivo com a empresa que usufrui do trabalho prestado».

A precariedade tem consequências várias para além das já notadas, por exemplo, a disparidade salarial entre trabalhadores com os mesmos anos de casa e idênticas competências e funções, na ordem dos 30 a 40 por cento entre aqueles que têm vínculo efectivo e aqueles que são eternos temporários, detalha-se no documento do Partido, para quem não há meias palavras na hora de qualificar a situação: «as empresas de trabalho temporário a actuar no sector são um autêntico polvo que rouba os trabalhadores».

No texto distribuído em mãos, adverte-se, ainda, que «alguns trabalhadores têm recebido cartas a denunciar os contratos». Simultaneamente, têm sido admitidos novos trabalhadores para as mesmas funções, revela-se, situação que é apenas mais uma das consequências da precariedade, a qual o PCP garante que vai continuar a combater, designadamente pela criação e concretização de um Plano Nacional de Combate à Precariedade Laboral e à Contratação Ilegal, objecto da apresentação recente de um pacote de iniciativas na Assembleia da República por parte do Partido.

 



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