Os feriados e o resto

«Para além dos feriados recuperados e de alguns outros direitos que valorizamos, os trabalhadores exigem mais», comentou a CGTP-IN, numa nota emitida na véspera do dia de Corpo de Deus, o primeiro feriado recuperado, dos quatro que o governo PSD/CDS decidiu suspender desde 2013. «Mais uma vez se comprova que vale sempre a pena lutar e que a luta não foi em vão», insiste a central.
A Inter assinala que, «após luta intensa, particularmente nos últimos quatro anos, contra a política de direita e de rapina dos direitos dos trabalhadores, a reposição de direitos retirados tem vindo a concretizar-se, de forma tímida, o que, mesmo assim, não deixamos de valorizar». Contudo, «a dívida para com os trabalhadores e o nosso povo está longe de saldar-se».
Para «defender, repor e conquistar direitos laborais e sociais», «tem de ser dinamizada e alargada» a luta reivindicativa, como se viu na semana nacional de acção e luta (16 a 20 de Maio). Os objectivos da acção nas empresas e serviços são alinhados pela Intersindical em duas áreas:

combater a postura do patronato e exigir-lhe o aumento geral dos salários, o fim da desregulação dos horários de trabalho, das adaptabilidades e «bancos» de horas e a redução progressiva para as 35 horas semanais, bem como o fim do bloqueio na contratação colectiva, a passagem a efectivos de trabalhadores com vínculos precários e a aplicação dos direitos inscritos nos contratos colectivos;
do Governo reclama-se a defesa e melhoria dos serviços públicos, das funções sociais do Estado e o respeito pelos trabalhadores da Administração Pública que prestam serviços aos cidadãos, devolvendo-lhes as 35 horas semanais e o descongelamento da progressão nas carreiras.

Panrico em luta 

Pelo pagamento de acordo com o que estipula o contrato colectivo de trabalho, os trabalhadores da Panrico, em Mem Martins (Sintra), vão continuar a luta que iniciaram há três anos, fazendo greve a todos os feriados.
A decisão foi tomada em plenário, com a participação do Secretário-geral da CGTP-IN, informou dia 27 o Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal. O Sintab, da Fesaht/CGTP-IN, adiantou que no dia 9, também em plenário, deverão ser definidas formas de luta.

 



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