PCP rejeita pressões externas

«O que se impõe perante a pressão e chantagem externas é a afirmação do direito do País ao desenvolvimento soberano, inseparável de uma política patriótica e de esquerda que assegure a construção de um Portugal com futuro.» Assim afirma a nota do Gabinete de Imprensa do PCP, emitida no dia 18, na qual se rejeita a «chantagem que visa levar ainda mais longe o processo em curso de condicionamento do rumo do País num sentido contrário aos interesses nacionais, aos interesses dos trabalhadores e do povo português». Para o PCP, é isto que sobressai da «discussão mediática sobre a existência ou não de sanções por défice excessivo», elas próprias decorrentes da aplicação do Tratado Orçamental, aprovado por PSD, CDS e PS.

Notando o absurdo que é a União Europeia afirmar que é necessário corrigir precisamente o que resulta das suas imposições ao longo dos anos, o PCP acusa-a ainda de apontar «novas chantagens, pressões e imposições», no que constitui um círculo vicioso de chantagem e destruição económica e social que urge rejeitar e travar. Ao manter em aberto a possibilidade de aplicar novas sanções e ao exigir novas «medidas estruturais», a Comissão Europeia acentua a imposição de um rumo de «submissão, dependência e empobrecimento».

Após recordar que cada novo conjunto de «recomendações» da UE tem significado o aumento da exploração e o ataque a direitos, a fragilização dos serviços públicos e das funções sociais do Estado, e a privatização de empresas e a transferência da riqueza produzida no País para os bolsos dos especuladores, do grande capital e das potências da UE, o PCP lembra que nas últimas eleições os portugueses «condenaram este caminho e derrotaram os seus protagonistas», expressando uma «inequívoca vontade de mudança».

Para o PCP, que «tudo fará para que Portugal rejeite a chantagem que é agora intensificada contra os trabalhadores e o povo», o País tem perante si uma opção decisiva: ou aplica políticas que respondam ao principais problemas nacionais e criem as condições para crescer e se desenvolver ou «cede às pressões e chantagens da União Europeia, com o que representariam de ainda mais declínio e retrocesso».

 



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