Paz ameaçada na Colômbia

Uma reunião de membros do Partido e da Juventude comunistas colombianos e da União Patriótica, foi alvo de um atentado na sexta-feira, 6. Alguns dos participantes no encontro foram feridos pelos disparos efectuados por um mercenário, informou o PCC numa nota em que sublinha que «a acção criminosa ocorre no momento em que em Havana se avança na possibilidade de um acordo de paz», pelo que o propósito do atentado é «sabotar» um eventual acordo.

Para o partido, «este não é um acto isolado, mas mais um episódio de um ambiente de ameaças, detenções ilegais e atentados contra as organizações populares que trabalham pela paz, pelos direitos humanos e a restituição de terras, enquanto que o governo nega sistematicamente a persistência do paramilitarismo na Colômbia».

Nesse sentido, os comunistas apelam à solidariedade para com o povo colombiano e a luta pela paz, e reclamam do presidente Juan Manuel Santos «acções concretas contra o paramilitarismo, bem como o fim da criminalização do movimento popular».

Já no dia 7, a Central Única dos Trabalhadores da Colômbia (CUT) deu nota de um atentado contra um dos seus dirigentes na sede sindical de Cartagena das Índias.

As ameaças à paz na Colômbia traduzem-se, igualmente, em ofensivas militares recentes visando as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo (FARC-EP). Também no sábado, o comandante da guerrilha, Timoleón Jiménez, denunciou campanhas em curso contra acantonamentos das FARC-EP e considerou que o objectivo é obrigar a organização a romper o cessar-fogo unilateral, justamente quando na mesa de diálogo as partes se encontram perto de subscrever um texto definitivo para colocar um ponto final num conflito político e social com mais de meio século, alertou.

 



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