95 anos do PCP

Festa na diáspora

As comemorações do 95.º aniversário do PCP, que continuam realizar-se de Norte a Sul do País, estão também a ter expressão na Emigração.

O Partido tem uma forte organização na emigração

No dia 10, dezenas de militantes e amigos do Partido reuniram-se em Nanterre, na região de Paris, para celebrar o aniversário do Partido. A iniciativa contou com a presença do deputado ao Parlamento Europeu Miguel Viegas. Para além de estar presente no almoço, o deputado participou durante a manhã num debate que, devido à presença de muitos companheiros franceses, foi feito em francês.

Na sua intervenção, Miguel Viegas relacionou o 95.º aniversário do Partido e o 40.º da Constituição da República Portuguesa com a situação política actual, no País e na União Europeia. Nesse âmbito, evidenciou o contributo do Partido para o carácter progressista da Constituição, tanto no passado como no presente, quer nos valores que defende e projecta quer pelas lutas que reflecte. O orador sublinhou ainda a importância da mobilização dos trabalhadores e dos jovens para a concretização de qualquer avanço e a conquista de uma política alternativa.

Muitos dos presentes colocaram as suas preocupações acerca dos mais recentes acontecimentos na Europa, particularmente as medidas de exploração e empobrecimento aplicadas em muitos países (mal chamadas de políticas de «austeridade»), o crescimento da extrema-direita e o surgimento de movimentos de contestação nas ruas, mesmo que muitas vezes não devidamente organizados.

Estas comemorações deram também um forte impulso à concretização de uma importante tarefa que o Partido tem diante de si: a conclusão com êxito da campanha nacional de fundos para a compra da Quinta do Cabo.

Vanguarda da luta

Em Bruxelas, as comemorações tiveram lugar no dia 2 na sede da histórica APEB – Associação dos Portugueses Emigrados na Bélgica. No jantar participaram perto de 50 militantes e amigos do Partido, de todas as idades, que aí fizeram questão de celebrar a exaltante história de resistência e de luta do Partido que, no passado, no presente e no futuro, se projecta na vanguarda da defesa da liberdade e direitos do povo e da soberania nacional.

Depois de Luís Capucha, membro da organização local do Partido, ter interpretado canções de intervenção e de Álvaro Hortas ter declamado um poema de sua autoria em homenagem ao 40.º aniversário da Constituição, interveio Vitória Brito, que para além de integrar a organização do PCP foi durante anos dirigente da APEB. Na sua intervenção, a militante comunista recordou o papel do Partido, em 1966, na criação da associação, a mais antiga do género no país, e lembrou o papel desempenhado por José Casanova, que foi seu presidente.

Falou ainda João Pimenta Lopes, deputado do PCP ao Parlamento Europeu, que recordou a exaltante história de 95 anos do Partido e o prestígio que granjeia junto de outras forças progressistas e revolucionárias. O eleito comunista traçou o quadro da situação política nacional e internacional e abordou alguns problemas concretos da emigração, como sejam a diminuição dos locais e serviços consulares, a redução dos recursos necessários ao ensino da Língua Portuguesa e a falta de apoio às associações de portugueses no estrangeiro.




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