Parar a guerra e a ingerência
A CDU apresentou, nas câmaras municipais de Aljustrel e Torres Novas, uma moção sobre a situação dos refugiados e imigrantes da Europa. Por seu lado, a Federação Mundial da Juventude Democrática (FMJD) emitiu uma declaração solidária.
Guerras imperialistas forçam refugiados a fugir
Na moção divulgada, a CDU salienta que os movimentos de centenas de milhares de refugiados e imigrantes oriundos de África e do Médio Oriente «são autênticas fugas à pobreza, à guerra e à morte», sublinhando que esta realidade, «demonstração do carácter desumano, explorador e agressivo» do capitalismo, tem causas e responsáveis: processos de desestabilização, guerras de agressão imperialistas, política de domínio económico e de saque dos recursos naturais.
A CDU defende que o Estado português deve, por razões humanitárias e por obrigação constitucional, tomar medidas para acolher os refugiados e imigrantes, e deplora a forma como a União Europeia (UE) reage a esta realidade, identificando uma ameaça no direito à sobrevivência e «abrindo campo ao racismo, à xenofobia e às acções criminosas de grupos fascistas».
Para a CDU, que recomenda às câmaras municipais que se juntem ao «esforço de integração destas vítimas», a resposta à situação passa, entre outras coisas, por uma política de apoio aos refugiados e de respeito pelos direitos dos migrantes e pelo combate às causas da imigração em massa, isto é, o fim das políticas de guerra e ingerência, de exploração dos povos e países de África e do Médio Oriente, o respeito da soberania e independência dos estados, o combate à pobreza.
Declaração
Também a FMJD, chamando a atenção para o afluxo massivo de refugiados para a Europa e denunciando a atitude da UE para com essas pessoas, lhes expressa apoio e solidariedade, numa declaração em que sublinha que esta situação resulta das intervenções e planos imperialistas das grandes potências da UE, dos EUA e seus aliados, bem como a necessidade de lhes pôr fim.