CDU afirma-se no distrito de Santarém

Sempre ao lado do povo

Je­ró­nimo de Sousa es­teve an­te­ontem no dis­trito de San­tarém, onde par­ti­cipou em ini­ci­a­tivas no Couço, no En­tron­ca­mento e em Sa­mora Cor­reia, que re­for­çaram a con­fi­ança no cres­ci­mento da CDU.

O de­pu­tado do PCP pelo dis­trito fez mais do que os ou­tros nove

No Couço, Je­ró­nimo de Sousa ga­rantiu aos cerca de 300 ac­ti­vistas e apoi­antes da CDU que fi­zeram trans­bordar o salão da Casa do Povo sentir-se «em casa», tão an­tiga e forte é a li­gação dos tra­ba­lha­dores e do povo da fre­guesia ao PCP, a quem chamam sim­ples­mente «o Par­tido». Nos ne­gros anos do fas­cismo, ex­plicou, não havia ou­tros par­tidos de­mo­crá­ticos, pois só o PCP re­sistiu à dis­so­lução im­posta pela di­ta­dura e ousou re­sistir e lutar, sempre ao lado dos tra­ba­lha­dores e do povo do Couço. Assim se ex­plica o «amor ao Par­tido» por parte dos cou­censes, que em todas as elei­ções re­a­li­zadas desde o 25 de Abril deram ex­pres­sivas mai­o­rias ao PCP e às co­li­ga­ções que ele in­tegra: nas úl­timas le­gis­la­tivas, mais de me­tade dos votos ex­pressos foram na CDU. 
Fa­lando para muitos dos que, ao longo dos anos, tra­varam im­por­tantes e he­róicas ba­ta­lhas (de que a cam­panha de Ar­lindo Vi­cente e Hum­berto Del­gado em 1958, a luta pela jor­nada de oito horas de tra­balho nos campos em 1962 e a Re­forma Agrária são apenas al­guns exem­plos), Je­ró­nimo de Sousa apelou a que os pre­sentes não se dessem por sa­tis­feitos por a CDU voltar a ser a força mais vo­tada no Couço. «Isso não chega, é pre­ciso ga­nhar mais e mais votos», acres­centou, ape­lando à res­pon­sa­bi­li­dade acres­cida de quem tanto deu e con­tinua a dar ao PCP e à luta do povo pelo pro­gresso, a jus­tiça so­cial e a so­be­rania. 
Para o di­ri­gente do Par­tido, quem não for votar está a con­tri­buir para a con­ti­nu­ação da po­lí­tica de di­reita. A opção de voto, re­alçou, deve partir da ava­li­ação das con­di­ções de vida con­creta de cada um e da sua evo­lução, «do sa­lário que não sobra, do em­prego que não há, da re­forma que não chega, dos fi­lhos e dos netos que emi­gram».
Ao final da tarde, Je­ró­nimo de Sousa es­teve no En­tron­ca­mento onde re­a­firmou a so­li­da­ri­e­dade de sempre das forças que in­te­gram a CDU com a luta dos fer­ro­viá­rios em de­fesa do sector e dos seus di­reitos la­bo­rais. A um re­for­mado que o abordou nas ruas da ci­dade, o di­ri­gente co­mu­nista ga­rantiu que o PCP vol­taria a propor a re­po­sição das con­ces­sões fer­ro­viá­rias, re­ti­radas pelo Go­verno PSD/​CDS. 
À noite, Je­ró­nimo de Sousa par­ti­cipou no grande co­mício que en­cheu por com­pleto o au­di­tório do Centro Cul­tural de Sa­mora Cor­reia, no con­celho de Be­na­vente, onde se re­feriu com des­taque à questão do euro

«As pes­soas co­nhecem-nos»
No al­moço do Couço e no co­mício de Sa­mora Cor­reia in­ter­veio também An­tónio Fi­lipe, pri­meiro can­di­dato da co­li­gação PCP-PEV pelo cír­culo elei­toral de San­tarém (que perde um de­pu­tado para o cír­culo de Se­túbal). O ac­tual de­pu­tado va­lo­rizou a cam­panha re­a­li­zada pelos ac­ti­vistas da CDU, que levam as suas pro­postas a todo o ex­tenso dis­trito, acres­cen­tando que em todos os lo­cais, por mais recôn­ditos que sejam, «as pes­soas co­nhecem-nos», porque o PCP e o PEV estão quo­ti­di­a­na­mente ao lado dos tra­ba­lha­dores e das po­pu­la­ções.
Ao con­creto, lem­brou, os eleitos, mi­li­tantes e ac­ti­vistas das forças que com­põem a CDU es­ti­veram com os tra­ba­lha­dores da Unicer, da Mar­tifer, da Mo­vi­flor, da Re­noldi, da DHL quando estes lu­tavam em de­fesa dos seus postos de tra­balho, sa­lá­rios e di­reitos. Como es­ti­veram com as po­pu­la­ções que se mo­bi­li­zaram contra o en­cer­ra­mento de es­colas, ser­viços de saúde e de fi­nanças, bal­cões da Se­gu­rança So­cial e dos CTT, e contra a im­ple­men­tação de por­ta­gens na A13 e na A23. Os nove de­pu­tados eleitos por PS, PSD e CDS fi­zeram pre­ci­sa­mente o con­trário. 
No co­mício de Sa­mora Cor­reia in­ter­vi­eram ainda José Luís Ma­deira Lopes, vice-pre­si­dente da In­ter­venção De­mo­crá­tica e se­gundo can­di­dato por San­tarém, e Sónia Co­laço, di­ri­gente do PEV e quinta na lista da CDU. 

Romper com a sub­missão ao euro
No co­mício de an­te­ontem, Je­ró­nimo de Sousa voltou a re­a­firmar a ne­ces­si­dade e li­bertar o País dos cons­tran­gi­mentos im­postos pela União Eco­nó­mica e Mo­ne­tária e o euro. Lem­brando que desde a en­trada na moeda única Por­tugal é «dos países que menos cresce na Eu­ropa e no mundo e produz hoje menos ri­queza do que quando se in­tro­du­ziram as notas de euro», o Se­cre­tário-geral do Par­tido ga­rantiu que tal não su­cede por acaso: o euro, ex­pli­citou, é uma moeda «ajus­tada às ne­ces­si­dades e aos in­te­resses da alta fi­nança eu­ro­peia, à ca­pa­ci­dade pro­du­tiva e ex­por­ta­dora da Ale­manha» e não às ne­ces­si­dades de de­sen­vol­vi­mento de um país como Por­tugal. 
Para Je­ró­nimo de Sousa, o euro con­trai o in­ves­ti­mento e con­di­ciona o cres­ci­mento do País, en­ca­rece as ex­por­ta­ções e ar­ruína a in­dús­tria e a agri­cul­tura na­ci­o­nais, pro­move o de­sem­prego, a pre­ca­ri­e­dade, o em­po­bre­ci­mento e a emi­gração. Ao mesmo tempo que es­ti­mula o en­di­vi­da­mento ex­terno do País, a saída de ca­pi­tais e a es­pe­cu­lação fi­nan­ceira e sub­mete-o à chan­tagem dos «mer­cados», acres­centou. 
Se dentro do euro o País «não cresce, não se de­sen­volve e não re­cu­pera em­prego», o Se­cre­tário-geral do PCP su­bli­nhou não haver al­ter­na­tiva à li­ber­tação do País dos cons­tran­gi­mentos im­postos pela moeda única. Re­a­fir­mando o forte em­penho do PCP na li­ber­tação do País do do­mínio do euro, Je­ró­nimo de Sousa ga­rantiu que nesse pro­cesso é um im­pe­ra­tivo a de­fesa dos ren­di­mentos, pou­panças e nível de vida da ge­ne­ra­li­dade da po­pu­lação. 



Mais artigos de: Legislativas

CDU arranca <br>com «chave de ouro»

Uma en­chente, com o Co­liseu em am­bi­ente de festa e ale­gria – e onde so­bre­tudo ir­ra­diou uma con­ta­gi­ante con­fi­ança –, marcou no do­mingo, 20, o ar­ranque ofi­cial da cam­panha da CDU no dis­trito de Lisboa.

Todos nesta batalha <br>são necessários

(...) Nestas eleições para a Assembleia da República está cada vez mais clara a opção que está colocada aos portugueses: permitir que se prossiga o rumo de afundamento, empobrecimento, exploração, dependência que PSD, CDS e PS têm imposto ao...

Intervenções do PEV e da ID

As omissões do PS João Corregedor da Fonseca, presidente da Comissão Directiva da ID, o segundo orador da tarde, alertou para os «níveis ainda mais dramáticos e insustentáveis» que adviriam para o País caso vingassem as propostas da...

Desfile combativo

O mesmo entusiasmo e determinação vividos no interior do Coliseu marcara já o desfile de activistas e simpatizantes da CDU que, partindo da Praça da Figueira, pouco passava das 15 horas, entrou pelo Rossio e desaguou na Rua das Portas de Santo Antão,...

A CDU afirma-se <br>com a força do povo

O Se­cre­tário-geral do PCP es­teve, nos dias 18 e 19, nos dis­tritos de Aveiro, Porto e Braga. A cres­cente mo­bi­li­zação e re­co­nhe­ci­mento po­pu­lares em torno da CDU foi evi­dente na marcha de sá­bado, no Porto, a ini­ci­a­tiva de pré-cam­panha com maior ex­pressão de massas re­a­li­zada pelo PCP-PEV.

CDU presente nas lutas <br>do povo

Na quinta-feira, dia 17, nas ac­ções com Je­ró­nimo de Sousa, em Se­simbra, na Au­to­eu­ropa, no Mon­tijo e na Ma­rinha Grande, foi re­al­çado que a CDU apoiou e es­ti­mulou as lutas que res­pon­deram ao ataque do Go­verno e levou-as ao Par­la­mento, apon­tando res­pon­sá­veis e pro­pondo so­lu­ções.

Comício <i>monumental</i> <br>em Coimbra

As Es­ca­da­rias Mo­nu­men­tais, local de ex­pressão de lutas es­tu­dantis, aco­lheram, no dia 21, um grande co­mício da Co­li­gação PCP-PEV. Je­ró­nimo de Sousa su­bli­nhou a ne­ces­si­dade de pro­mover a Edu­cação, a Cul­tura e a In­ves­ti­gação.

Força para garantir o futuro

No dia 16, em Pal­mela, Je­ró­nimo de Sousa, Se­cre­tário-geral do PCP, e Fran­cisco Lopes, ca­beça de lista da CDU pelo cír­culo elei­toral de Se­túbal, te­ceram fortes crí­ticas ao Go­verno PSD/​CDS pelos ata­ques aos di­reitos dos tra­ba­lha­dores, que co­me­çaram com o PS.

Deficiência com direitos

Jorge Ma­chado, de­pu­tado e pri­meiro can­di­dato da CDU pelo dis­trito do Porto, reuniu, no dia 15, com re­pre­sen­tantes de as­so­ci­a­ções de de­fi­ci­entes do dis­trito.

Programa contra a pobreza

No dia 17, prosseguindo o contacto com instituições, trabalhadores e populações, os candidatos da CDU pelo círculo eleitoral do Porto estiveram reunidos com o Núcleo Distrital do Porto da EAPN Portugal/Rede Europeia Anti-Pobreza. Esta...

Apoiamos a CDU

Álvaro Beijinha – presidente da Câmara de Santiago do Cacém Ana Salgueiro – professora   António Carmo – artista plástico António José Correia – presidente da Câmara de Peniche...